No traçado das letras, a história da mulher que sempre gostou de cultivar. Por 30 anos, Helena Fátima Lourenço plantou a semente da educação no coração de milhares de alunos. Ela começou como professora e se aposentou como supervisora de ensino.
Embora amasse ser educadora, sempre gostou de plantas. Quando se mudou para o sítio em São José do Rio Preto (SP) virou de vez agricultura. Hoje, produz pitaya. As plantas ainda não deram frutas.
A Dona Helena tem 83 pés de três variedades. Ela, que nunca tinha plantado nada, diz que estudou bastante e buscou auxílio de um agrônomo.
Nos últimos 13 anos, Everton Vetorelli Borges trabalhou na cidade que é o coração financeiro do país: São Paulo. O executivo tirou a gravata, abandonou o terno e mudou completamente de cenário. Voltou para o sítio da família em São José do Rio Preto pra trabalhar no campo. Foi escolha, mudança radical de vida.
Everton conta que buscou a tranquilidade do interior e a proximidade com os familiares. O primeiro investimento foi na produção de orgânicos. Mas ele decidiu fazer mais. Arrendou uma área e chamou dois amigos para plantar tomate em parceria. Só que os dois sócios, que também são apaixonados pela roça, não são da área.
Pedro Lucas Egídio é advogado e tinha uma escola de cabeleireiro. Luiz Augusto Nicolletti é engenheiro civil. Agora, todos são agricultores com muito orgulho.
Ao contrário do que aconteceu no passado, quando muita gente deixou o campo para viver e trabalhar na cidade, alguns especialistas em comportamento já arriscam dizer que estamos vivendo o chamado êxodo urbano. Não existem números oficiais de pessoas que estão fazendo esse caminho de volta, trocando a cidade pelo campo, mas essa é uma constatação.
Aos 28 anos, Walter Tadini Filho se cansou da agitação da cidade. No sítio em Guapiaçu (SP), ele planta verduras e legumes no chamado “manejo biodinâmico”, que segue um calendário lunar e não usa nada de insumos químicos.
Fonte: G1