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VISÃO DA MINISTRA

A ministra da Agricultura, Kátia Abreu, avaliou como positivos os números do 6º levantamento da safra de grãos 2015/2016, realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Segundo a companhia, a expectativa é de que o atual ciclo termine com 210,3 milhões de toneladas – 1,3% a mais que no período anterior, o equivalente a 2,6 milhões de toneladas. Questionada se a entrada da safrinha de milho pode impulsionar esses dados, ela foi cautelosa.

- Não acredito em uma ré nos números, mas não vejo uma safra maior do que o anunciado neste levantamento de hoje – ponderou.

A ministra observou que o destaque desta safra tem sido a produção de soja, que deve atingir 101,2 milhões de toneladas, 5 milhões a mais do que na safra anterior. De acordo com dados da Conab, ganhos de área de 3,6% e de produtividade de 1,5% influenciaram diretamente o bom desempenho do grão. Para o milho, a expectativa é de 83,5 milhões de toneladas, com uma redução de 1,2 milhão toneladas na comparação com a safra 2014/2015.

O diretor de Política Agrícola e Informações da Conab, João Marcelo Intini, explicou que o crescimento de área plantada do milho segunda safra não foi suficiente para recuperar a redução de 6,1% na produção da primeira safra, que alcançou 28,2 milhões toneladas. Intini afirmou, ainda, que a companhia tem observado o clima com cautela ao projetar os números da safra, principalmente na região doMatopiba, formada por partes dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.

- Os temores que tínhamos na virada do ano não se concretizaram, mas ainda temos alguns problemas pontuais – relatou Intini.

Segundo ele, a safra continua com previsão de recorde de grãos, mas houve atraso na janela de plantio, principalmente no Matopiba, que sofreu com a seca mais que outras áreas do país.

- Podemos observar que toda a janela de plantio foi atrasada, as de outubro foram para novembro, e isso se reflete na janela de fevereiro e março – observou.

Apesar disso, ele acredita não há comprometimento da safra em nenhuma região. No caso da soja, ele explicou que algumas plantações, que sofreram com a seca, devem registrar uma rápida recuperação na primeira chuva.

A Conab destacou, ainda, a recuperação da produtividade do feijão primeira safra, que levou a um aumento de 114 mil toneladas – agora, a expectativa é de que a produção alcance 1,2 milhão de toneladas. Para o algodão em caroço, a previsão é de queda de 4,3% na produção. Em relação área, Intini observou que o plantio em todo o país cresceu 1% em relação à safra 2014/2015 e deve alcançar 58,5 milhões de hectares.

Fonte: Globo Rural



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