O ambiente que une história e inovação, em Israel, tem despertado interesse na adoção de novas tecnologias em um grupo de 40 lideranças rurais do Paraná. Durante viagem técnica promovida pelo Sistema FAEP/SENAR-PR à capital mundial da inovação em agronegócio, entre 2 a 11 de junho, agropecuaristas paranaenses têm se inspirado nos exemplos de quem produz alimentos no deserto, dessalinizando água do Mar Mediterrâneo e ainda obtendo boas margens de lucro.
Além de um verdadeiro mergulho nas inovações do país, o clima entre os participantes é de empolgação. A cada nova palestra e/ou visita aos produtores de Norte a Sul do pequeno país de 22 mil km² (oito vezes menor que o Paraná), o grupo de agropecuaristas paranaenses segue intrigado. A missão conjunta é aproveitar ao máximo a chance de encontrar formas para adaptar soluções do país do Oriente Médio à realidade paranaense.
Para o presidente da Comissão Técnica (CT) de Cereais, Fibras e Oleaginosas, José Antonio Borghi, um dos integrantes da comitiva, a experiência de conhecer as pesquisas e tecnologias aplicadas à agricultura tem sido uma oportunidade para incorporar, futuramente, técnicas pelos paranaenses. “Como aqui a agricultura depende totalmente de irrigação, o nível de desenvolvimento nesse sentido é muito maior. Chama a atenção os sistemas de fertirrigação, que além de fornecer água também dão condições às plantas se desenvolverem com os nutrientes necessários”, ressalta Borghi.
Os produtores rurais têm tido a chance de visitar centros de pesquisa com alguns dos estudos mais avançados do mundo em áreas como irrigação e geração de energia fotovoltaica. Entre os trabalhos de pesquisa que mais chamam a atenção estão aqueles que unem os dois sistemas em uma tentativa de formar um arranjo produtivo circular. A produção de hortaliças aliada a geração de energia em estufas é um desses exemplos, assim como a própria reciclagem da água em sistemas hidropônicos.
Em uma primeira vista, pode parecer que os sistemas de irrigação são voltados apenas para culturas intensivas, como folhosas, frutas e vegetais. Porém, como observa o presidente do Sindicato Rural de Céu Azul, Aldo Tasca, é possível pensar em irrigar culturas extensivas. “Vejo que há uma possibilidade de, no Brasil, usarmos sistemas assim para garantir, por exemplo, uma boa produtividade no milho usado para silagem, reduzindo os riscos de perdas nas nossas lavouras”, reflete o produtor, que não descarta investir em um sistema de irrigação nos próximos anos.
Segundo grupo
A viagem técnica do Sistema FAEP/SENAR-PR à Israel terá quatro grupos ao longo de 2023. A primeira comitiva viajou em maio e a segunda decolou no começo de junho. Haverá mais duas comitivas, em setembro e outubro. A intenção é proporcionar acesso aos produtores rurais a inovações tecnológicas em irrigação e energia elétrica renovável, tônicas da agropecuária sustentável nos próximos anos e décadas.
Você confere a cobertura completa da primeira viagem técnica aqui, na matéria publicada no Boletim Informativo 1586. Na edição número 1588, haverá uma reportagem sobre o segundo grupo. Nas redes sociais, também é possível acompanhar o passo a passo das visitas e informações dos bastidores da viagem, basta procurar por Sistema FAEP.
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Fonte: Sistema FAEP