A declaração da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, de que o prazo para elaboração do Cadastro Ambiental Rural (CAR) não será prorrogado despertou protestos no campo. A Federação da Agricultura do Paraná (Faep), encaminhou novo ofício a Brasília dizendo que a não extensão do prazo representa um “desrespeito inominável” aos agricultores.
O CAR equivale à primeira etapa na adequação ao Novo Código Florestal, e a atual data limite para fazer o registro dos imóveis rurais é o próximo dia 5 de maio. O agronegócio pede a prorrogação do prazo por mais um ano.
Havia expectativa de que o pleito fosse atendido, mas a fala da ministra — feita durante visita a ExpoLondrina na semana passada — mudou o cenário. Ela destacou que há assimetria entre os estados.
- Tem regiões que estão muito bem. Mato Grosso, por exemplo, está com 80% dos cadastros preenchidos. A região Sul, principalmente por causa do pequeno agricultor, está muito atrasada – apontou ela.
Até o início do mês 13% da área paranaense haviam sido registradas.
Izabella Teixeira argumenta que não há motivos para atraso, já que houve capacitação de técnicos e o cadastramento pode ser feito sem conexão a Internet. A Faep rebate dizendo que o preenchimento do CAR é complexo, e há limitação no acesso à internet.
- O problema é a necessidade de estar online para enviar o arquivo do CAR e consequentemente obter o recibo dessa entrega – rebate o ofício da entidade.
Mesmo com a fala da ministra, um balanço sobre a questão deve sair no final do mês e somente depois disso Brasília irá apresentar um posicionamento definitivo sobre a questão.
Fonte: Gazeta do Povo