A redução nas expectativas de produção de sojanos três principais players do mercado mundial (Estados Unidos, Brasil e Argentina), confirmada nesta terça-feira (10) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), levou as cotações da commodity ao maior valor desde agosto de 2014 na Bolsa de Chicago, onde são concentrados os negócios da soja.
Depois de atingir a máxima de US$ 10,91 por bushel (o equivalente a US$ 24 por saca de 60kg) durante o dia, a oleaginosa terminou o pregão em US$ 10,84 por bushel (US$ 23,84 por saca). Os valores se referem aos contratos com entrega programada para julho, que têm maior liquidez na bolsa atualmente.
Apesar da forte alta registrada em Chicago, o USDA adotou política conservadora em relação à projeção de preços médios pagos ao produtor na temporada 2016/2017, que devem variar de US$ 8,35 a US$ 9,85. Para a safra 2015/16, o governo norte-americano elevou a mínima para US$ 8,85 por bushel e manteve a máxima a US$ 9 por bushel.
Brasil
O mercado brasileiro repercutiu a valorização da soja nos Estados Unidos e os preços médios da saca chegaram a registrar aumento de R$ 1 no dia em praças do Paraná, conforme levantamento da Cerealpar. Isso mesmo com a queda de 1,5% do dólar, que foi pressionado pela crise política no Brasil. ” Os preços não explodiram quanto Chicago, mas os compradores melhoraram as ofertas. No Oeste paranaense, houve negócios a R$ 81, R$ 82 por saca. Na segunda-feira, o preço era R$ 78 por saca. O mercado está numa situação que não dá para generalizar, a variação nospreços depende muito da necessidade de compra e da oferta disponível em cada local”, afirma Steve Cachia, sócio-diretor da Cerealpar.
Fonte: Globo Rural