O dólar fechou com leve alta nesta segunda-feira, depois de ter ido ao nível de 3,10 reais no pregão passado, com movimentos pontuais de compras para aproveitar a baixa cotação e sob a expectativa de alguma atuação do Banco Central no mercado cambial.
O dólar avançou 0,03 por cento, a 3,1101 reais na venda, após ter recuado 0,66 por cento na última sessão, a 3,1092 reais, menor nível desde outubro passado. O dólar futuro tinha ligeira baixa de cerca de 0,10 por cento no final desta tarde.
Na máxima do dia, o dólar chegou a 3,1243 reais.
- Esse nível (3,10 reais) é rasteiro. Quem tem de comprar, já vem logo no início para aproveitar o preço – comentou mais cedo o operador da corretora Spinelli, José Carlos Amado.
O nível de 3,10 reais para o dólar é considerado uma espécie de piso informal no mercado, alimentando também expectativas de que o BC possa voltar a atuar no mercado de câmbio, algo que não faz desde o leilão de venda de dólares com compromisso de recompra do dia 31 de janeiro.
Os investidores também estavam apreensivos com a rolagem ou não dos swaps tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, que vencem em março, de quase 7 bilhões de dólares. Até agora, o BC não deu sinalizações se rolará os contratos ou não.
Caso o BC de fato não role os swaps tradicionais de março, os investidores poderão buscar proteção e embutir viés de alta ao dólar.
- Mas o movimento deve acontecer pouco a pouco – afirmou o superintendente de câmbio da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva. – O mercado está entendendo que esse nível de 3,10 reais é bom para o momento. Tanto que, quando chega nesse nível ou perto dele, entra comprador. E quanto sobe um pouquinho mais, entra vendedor – acrescentou.
No exterior, o dólar subia ante uma cesta de moedas, tendo atingido a máxima em quase três semanas, diante da expectativa de cortes de impostos nos Estados Unidos. A moeda norte-americana havia atingido mais cedo a máxima de duas semanas ante o iene, com os investidores já à espera do plano de reforma tributária prometido pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
Fonte: Reuters