A cultura do trigo, em início de cultivo, já está com 9% da área estimada para o Estado semeada, acordo com o informativo conjuntural da Emater. As plantas encontram-se em estádio de germinação com poucas lavouras em emergência.
A semana foi de intensificação no preparo das áreas destinadas à cultura através da dessecação de plantas invasoras. Com a previsão de inverno mais frio e seco, os produtores estão tendendo a antecipar o plantio do grão, realizando no início do período recomendado pelo zoneamento agroclimático.
No momento, ocorre grande variabilidade no uso de insumos recomendados para aplicação no momento do plantio. Uma parcela pequena de lotes de sementes apresentou baixa germinação. Com a alta do preço, houve aquecimento na demanda por sementes, impulsionando a elevação dos preços, mas o mercado não possui oferta suficiente para atender a procura no final do planejamento das áreas.
A elevação do preço de comercialização registrada nos últimos dias reanimou os produtores, embora o custo de produção seja considerado muito elevado, desencorajando os agricultores. Os preços vêm sendo praticados em média a R$ 38,63 a saca de 60 quilos, variando de R$ 34,00 a R$ 41,00, dependendo da qualidade do grão. Na região de Ijuí a implantação da cultura da canola está atrasada em diversos municípios, o que pode levar a risco de perdas nas fases iniciais por geadas.
As áreas implantadas e já emergidas apresentam bom desenvolvimento até o momento.
Na semana, essa região, que planta cerca de seis mil hectares, alcança 61% da área já semeada, mas grande parte em germinação/emergência. Também na região Central (Santa Maria) as primeiras lavouras já começam a ser implantadas. Em Tupanciretã a previsão é que a área a ser plantada nesta safra seja maior que a do ano anterior, de 5.100 hectares. A previsão inicial é que nesta safra a área chegue a seis mil hectares de canola neste município. Em Santiago, somente um agricultor apostou na cultura da canola, semeando 650 hectares. Em Júlio de Castilhos, já foram semeados 720 hectares.
Fonte: Jornal do Comércio