As lavouras de trigo estão sofrendo os efeitos da estiagem prolongada na região. Na Comcam, tanto as áreas em estágio de desenvolvimento inicial da planta como as em fase mais adiantada – floração-, estão sendo afetadas pela falta de chuvas que já ultrapassa 30 dias.
A preocupação dos produtores rurais é que não estão previstas chuvas significativas para a região para os próximos dias. Conforme dados do Instituto Simepar, a última chuva significativa registrada na região ocorreu no dia 13 de junho (53 milímetros). Nos dia 27, 28 e 29 foram registradas chuvas de pequena intensidade que totalizaram apenas 9 milímetros.
De acordo com o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão ligado à Secretaria de Estado da Agricultura e Abastecimento (Seab), núcleo de Campo Mourão, a falta de chuva pode afetar o potencial produtivo das lavouras.
“São mais de 30 dias de seca e a previsão indica pouquíssima chuva para os próximos dias”, observou o técnico do Deral, Anderson Roberto dos Santos.
Conforme o Deral, grande parte da cultura está na fase crítica, que mais necessita de água. Na região, 20% das lavouras estão na fase de floração e o restante em estágio vegetativo.
A área com trigo na Comcam teve um crescimento de 10% este ano em relação a 2017. Foram plantados em 2018 110 mil hectares do cereal contra 100 mil em 2017. A produção prevista para este ano é de 295 mil toneladas, volume 48% maior que o ano passado, quando foram colhidas 200 mil toneladas.
O crescimento da área está relacionado à redução da área do milho safrinha. Como atrasou o início do plantio, muitos produtores migraram para o trigo. A estiagem prejudicou também o início do plantio do cereal e prejudicou a germinação de algumas áreas. Algumas plantações nasceram falhadas devido a seca, o que pode comprometer o potencial produtivo.
Fonte: A tribuna