A Associação Brasileira de Angus, que representa os criadores de gado da raça, manifestou “repúdio” e “indignação” com as decisões judiciais que impedem o transporte de gado vivo no Brasil. Em nota, a entidade avalia a posição como um ataque às regras de livre mercado que permitem à pecuária comercializar sua produção “em igualdade de condições com outros países”.
Afirma ainda que a situação dos bovinos embarcados no Porto de Santos impõe estresse adicional aos animais e prejuízos a importadores, empresas e produtores rurais.
“A exportação de gado em pé é uma prática comum, uma atividade lícita e altamente rentável ao pecuarista, que trabalha nos campos com recursos próprios, sem incentivos governamentais, estando à sorte do mercado e suas desventuras. Desta forma, entende-se ser totalmente inadmissível que o Judiciário cerceie o direito de toda classe pecuarista de acessar mercados externos, mesmo estando ela cumprindo rigorosamente com as regras em vigor”, diz a nota.
A Associação ressalta ainda que o transporte de gado em pé no Brasil é regido por regras definidas pelo Ministério da Agricultura, responsável também por auditar as operações.
E argumenta que as críticas às empresas que fazem a exportação de gado em pé são feitas por “minorias que se valem da falta de conhecimento da sociedade sobre os processos de transporte animal para manipular a opinião pública e fazer valer seus interesses, que em nada estão alinhados com o desenvolvimento do país.”
Sobre as decisões judiciais, a entidade afirma que são equivocadas e revelam total desconhecimento das regras de bem estar animal e do comportamento bovino.
Fonte: Revista Globo Rural