Prova de que o conhecimento prático conta muito no resultado obtido no campo é a história do agricultor de Santa Clara do Ingaí, no interior de Quinze de Novembro, João Levino Dalmolin (79 anos). Filho mais velho entre nove irmãos precisou trabalhar muito cedo: já com oito anos ajudava o pai Fiorelo Dalmolin (falecido) no plantio de mandioca e trigo. Na época criavam também suínos e com o dinheiro arrecadado compravam terras.
- Produzia trigo desde o tempo de cortar com a foice – recorda.
Já em 1970 iniciou na produção de soja e hoje cultiva ao lado dos filhos Mario João e Flavio Dalmolin e do genro Luis Müller 450 hectares de soja, milho, trigo, cevada, aveia e gado de leite. Trabalhar por aqui nunca foi problema, em sete décadas dedicadas a agricultura, seu João tirou férias apenas uma vez e hoje confessa que a lida está muito mais fácil.
- Mudou muito, quando eu comecei o trabalho era com boi e braço. Hoje sem maquinário, não faz mais nada. Melhorou bastante, hoje não se faz mais força – compara.
Chegar aos 79 anos com toda esta disposição tem uma justificativa: a gratidão ao trabalho rural.
- A agricultura representa tudo: meu ganho é todo da agricultura. Minha família vive disso – reconhece seu João Levino.