Em relação à carne bovina, o USDA sugere que a produção brasileira deve aumentar 3% e a exportação 5%, índices que, nos EUA, ficarão em, respectivamente, 4% e 3%. O incremento neutraliza a menor disponibilidade do produto por parte da Austrália e da Índia. Assim, as exportações mundiais tendem a crescer minimamente em relação ao previsto para 2018 – cerca de 10,558 milhões de toneladas.
No tocante à carne suína é previsto que a União Europeia – maior exportador mundial (e segundo produtor mundial, atrás apenas da China, mas com um volume equivalente a pouco mais de um terço da produção chinesa) – enfrentará ligeiro declínio (menos de meio por cento) na produção, mas aumentará suas exportações em cerca de 3%.
Em ambos os casos – produção e exportação – esses índices serão neutralizados e superados por EUA (segundo exportador mundial) e Brasil (quarto lugar, após União Europeia, EUA e Canadá). Nos EUA, a produção tende a um crescimento de 5% e as exportações de 4%. Já no Brasil a perspectiva é a de um incremento de 3% na produção e de 7% na exportação. Porque – justifica o USDA – haverá firme demanda por parte da Ásia e da América Latina.
Já em relação à carne de frango – cujas exportações o Brasil lidera há mais de uma década, colocando-se também como o segundo produtor mundial, atrás somente dos EUA e à frente da União Europeia e da China (que perdeu duas posições e agora é o quarto maior produtor mundial) – o USDA sugere que produção e exportação brasileira crescerão 2%, a norte-americana 2% e 3% e a europeia 1% e 5%.
Notar que os índices de incremento das exportações – de 2%, 3% e 5% para, respectivamente, Brasil, EUA e União Europeia correspondem, também respectivamente, a volumes adicionais de 90 mil, 75 mil e 50 mil toneladas. No caso brasileiro, o volume de 3,685 milhões de toneladas estimado para 2018 (exclusos desse total pé/patas de frango) pode chegar a 3,775 milhões de toneladas em 2019.
Na opinião do USDA, o incremento mais significativo nas exportações mundiais está reservado exatamente para a carne de frango. O previsto é uma expansão anual ligeiramente superior a 4%, índice impulsionado pelo aumento de consumo de países como Filipinas, Angola, Cuba e Gana.
O USDA completa sua análise observando que a capacidade demonstrada pelo Brasil de responder aos novos requisitos de abate da Arábia Saudita (sem o pré-atordoamento por choque elétrico) vai permitir que o País recupere o volume exportado para o mercado saudita. Sem, porém, atingir os volumes históricos alcançados em anos anteriores.
Fonte: AVISITE