Santa Catarina registra tendência de queda no mercado do leite por causa da oferta elevada e demanda menor, diz Federação da Agricultura e Pecuária do Estado (Faesc). Com isso, o produtor catarinense apresenta perda de 6,5% no faturamento, se comparado ao mesmo período do ano passado. Os produtos com maior valor agregado foram os mais afetados, com diminuição no consumo de iogurtes, queijos e leite condensado, por exemplo.
O resultado da queda na remuneração do produtor, segue uma tendência nacional. No Brasil o produtor está recebendo 9,4% menos neste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.
O Conselho Paritário Produtor e Indústria de Leite do Estado (Conseleite) anunciou os valores projetados para o leite padrão no mês de outubro, registrando leve queda de -0,5%, ou seja, R$ 0,8935. O leite acima do padrão ficou em R$ 1,0275 o litro e, abaixo do padrão, R$ 0,8123. Mas no estado é pago acima do valor referência. A maior indústria láctea da região oeste, por exemplo, pratica R$ 1,05 por litro do leite entregue na plataforma.
O presidente da Faesc, José Zeferino Pedrozo analisa que, apesar da abundância de leite no mercado interno e da redução do consumo, o Brasil continua importando leite em pó do Uruguai e da Argentina criando uma situação de oferta elevada. Por isso os preços não melhoram.
A conjugação de fatores negativos, como reajuste nos preços da energia elétrica, combustíveis e de mão obra, além da valorização do dólar frente ao real, provocou perda do poder de compra do produtor de leite e gastos elevados na composição dos insumos utilizados na produção.
Fonte: G1 – SC