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TEMOR NO PLANTIO

Agricultores de Mato Grosso, principal produtor de soja do país, estão adotando cautela no início do plantio, por causa da falta de chuva. O receio é de que seja necessário realizar um grande replantio, disse nesta quinta-feira a associação que reúne os sojicultores do Estado.

- Quem têm pivôs (de irrigação), começou o plantio. Porém, devido à pouca quantidade de chuva, os produtores não estão começando ou, quem começa, começa de forma cautelosa. De forma geral, nossa região que por tradição planta cedo, está atrasada – revela em nota o vice-presidente da região norte da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Silvésio de Oliveira.

A preocupação é com um possível prejuízo à janela de plantio da segunda safra de milho. No oeste de Mato Grosso, as chuvas começaram de maneira irregular e a semeadura deve iniciar, em meados de outubro, informa a Aprosoja.

– Um fator que tem contribuído muito para essa ‘timidez’ também é o momento econômico do país. O produtor está muito precavido para tomar qualquer decisão que impacte no bolso – ressalta outro vice-presidente da associação, Alexandre Schenkel, referindo-se ao risco de plantio em solo seco, sem chuvas posteriores, o que pode levar à perda da capacidade de germinação das sementes.

Conforme a Somar Meteorologia, a frente fria que atua no Sudeste perdeu intensidade, diminuindo novamente o volume de chuvas sobre o Brasil central, restando pancadas muito irregulares em Mato Grosso e Goiás.

- Entre os dias 6 e 10 de outubro temos o avanço de outra frente fria pelo oceano, ao longo da costa do Sudeste, que novamente deve favorecer chuvas em forma de pancadas no Brasil central – prevê a Somar.

O período oficial de plantio autorizado começou em 15 de setembro em Mato Grosso. Contudo, o primeiro relatório do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), divulgado na segunda-feira, mostrou que os trabalhos começaram atrasados, alcançando 0,55% da área total esperada no Estado.



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