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TÉCNICAS VALORIZAM PEIXES

A diversidade de cortes da tilápia produzida na região da represa de Três Marias agrega valor ao produto, segundo o técnico da Emater local Carlos Augusto de Carvalho. “Antes, o produtor vendia apenas o filé e dispensava o resto do peixe”, lembra. Os produtos mais vendidos na região são o filé da tilápia processado e acondicionado em bandejas, cujos preços variam de R$ 18 a R$ 20 por quilo; o contra-filé, comercializado a R$ 8 o quilo; as tirinhas ou iscas, que custam R$ 7 por quilo; e o queixinho do peixe, parte próxima à cabeça do peixe, sem espinho, está avaliado em R$ 10 o quilo.
Neste ano, só em Três Marias, houve um aumento de 275 tanques-redes até novembro, de acordo com o técnico da Emater-MG. “No último trimestre, observamos uma pequena queda no consumo do brasileiro, que sentiu o peso da inflação e a renda mensal diminuir, mas, com o alto preço da carne de boi, a carne branca se torna uma saída para o consumidor”, afirma. As tilápias da região ganharam mais mercados, como Brasília, Goiás e São Paulo.
Olímpio Moura, produtor de tilápia há cinco anos em Morada Nova de Minas, viu sua produção dobrar em 2015. “Aumentei a escala para reduzir custos. O reservatório da Bacia do Rio São Francisco está abaixando muito e isso gera altos custos. Na verdade, a demanda está em crescimento, mas não sei se vai continuar assim”, conta. Na empresa Top Fish Pescados, da qual ele é sócio, o filé da tilápia já está pelo menos 20% mais caro em relação ao ano passado, mas a venda do produto in natura se mantém.
O analista de agronegócio da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Faemg) Wallisson Fonseca avalia que 2015 foi um ano favorável para a agricultura em geral, inclusive para os pescados. “Não há dúvidas de que a tilápia e a truta são as espécies mais fortes em Minas. O ano foi um pouco difícil devido à escassez hídrica e pode ser que comprometa uma parte da produção, mas, ainda assim, os resultados devem ser positivos”, diz. Wallisson aposta na tendência de manutenção do consumo nos próximos anos. Dados da Faemg mostram que as exportações também púxaram a produção. As vendas externas mineiras de pescados (peixes, crustáceos e moluscos) chegaram a US$ 24,4 mil de janeiro a outubro último, frente aos US$ 7,1 mil no mesmo período do ano passado. O acréscimo foi determinado pelas compras da China, Japão e Taiwan.
Fonte: Estado de Minas Impresso

Fonte: Canal do Produtor



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