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TAXAS DE EXPORTAÇÃO DE SOJA

Os setores argentinos de milho, soja, girassol e trigo pediram ao Governo do país para que as medidas para as taxas de exportação de soja sejam adaptadas, o que poderia representar um grande feito para que a baixa das chamadas “retenciones” continuem.

No último mês de outubro, o presidente Maurício Macri anunciou que a faixa de 30% a 25% das taxas ao cultivo, prevista para 2017, passaria para 2018, exceto para os produtores das dez províncias do nordeste e do noroeste argentino que integram o Plano Belgrano. Para essas regiões, a baixa de 5% das taxas virá em 2017 – por meio de reembolsos feitos aos produtores.

Ontem, na comemoração de fim de ano das cadeias agrícolas, as associações Maizar, Acsoja, Argentrigo e Asagir insistiram que a baixa, uma promessa da campanha de Macri, deve continuar.

Quem transmitiu essa mensagem foi David Hughes, presidente da Argentrigo, que pronunciou o discurso das cadeias.

- Ainda que entendamos a decisão oficial, que mantém os direitos de exportação para a soja e seus subprodutos, não deixamos de apontar a necessidade de ir adequando-os, frente a eventuais mudanças nos preços internacionais ou frente a uma melhora da situação fiscal do tesouro nacional. A soja é parte do sistema agrícola argentino e é necessária para retormar o crescimento na superfície agrícola total disponível – disse Hughes.

As cadeias também lembraram que este ano irá terminar sem uma nova Lei de Sementes do país, falando deste tema como uma “assinatura pendente”.

- Terminamos o ano com uma assinatura pendente. Nosso país necessita de uma nova Lei de Sementes que apoie o investimento em recursos e inovação em germoplasma e biotecnologia. Necessitamos de um regulamento que contemple uma presença do Estado e seus organismos, entre eles o Inase, com um forte controle das leis e regulamentos. Nós, das cadeias agrícolas, nos colocamos à disposição para fazer todos os esforços possíveis na busca de consensos para alcançar uma Lei de Sementes que nos permita ser cada vez mais competitivos, utilizando as novas tecnologias que existem e as que ainda estão por vir – apontaram.

O Ministro da Agroindústria, Ricardo Buryaile, estava presente na confraternizaçao e disse que o Governo deu “passos” paea a Lei de Sementes, lembrando que seu projeto foi apresentado no Congresso. Acrescentou, ainda, que o governo está aberto ao diálogo.

Apesar dos pedidos, as cadeias destacaram o trabalho do Governo em seu primeiro ano de gestão, por conta das medidas de baixa de taxas de exportações e encerramento de travas para que os produtos fossem exportados, entre outras.

- Começamos a safra 2016/17 com o melhor dos ânimos. As vendas de máquinas agrícolas cresceram mais de 90%. A demanda de fitossanitários cresceu mais de 60% e tivemos um aumento de 40% na venda de fertilizantes. Isso mostra que estamos respondendo com tudo o que temos ao nosso alcance – indicaram.

Buryaile respondeu:

- Como Governo, só podemos agradecer ao setor agropecuário – afirmou.

Tradução: Izadora Pimenta

Fonte: La Nación – Campo



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