Aproximadamente 20% da produção nacional de carne é destinada ao mercado externo, contudo, as exportações são uma importante via de escoamento para os frigoríficos e colaboram para o equilíbrio no mercado interno.
Em maio foram exportadas 120 mil toneladas de carne bovina in natura, é o maior volume vendido desde o começo do ano. Os embarques este mês foram 10% maiores na comparação mensal e 34% maiores na comparação anual.
Desde o começo do ano 567 mil toneladas de carne foram destinadas para o mercado internacional, são quase 90 mil toneladas a mais em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas a recente notícia da suspensão das exportações para China devido ao caso de atípico de vaca louca causou confusão no mercado da carne, já que o país asiático é o maior comprador da carne bovina brasileira.
Desde o começo de 2019 a China comprou 22% do total de carne bovina in natura vendida pelo Brasil. Sem a demanda chinesa, muitos frigoríficos saíram das compras, mas de qualquer forma o estoque de carne que seria destinado a China está “sem rumo” no curto prazo.
As indústrias com capacidade maior de estocagem estão fazendo as contas para avaliar a viabilidade de destinar esta carne para outros destinos, outras começaram aos poucos a vender a carne no mercado interno.
Na média de todos os cortes bovinos a desvalorização foi de 0,5% nestes últimos dias no atacado. O rumo das cotações ao longo desta semana será definido pelo possível incremento da oferta de carne. Mas é provável que este efeito seja amenizado com o aumento sazonal da demanda de início de mês.
Fonte: Scot Consultoria