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SUSPENSÃO DE EMBARGO

Vem passando despercebido, mas um mês atrás (20 de fevereiro de 2018), o Rosselkhoznadzor, Serviço de Vigilância Sanitária Agropecuária do Ministério da Agricultura da Rússia, baixou resolução suspendendo as restrições impostas em 2014-2015 aos produtos avícolas provenientes dos EUA, logo após a avicultura norte-americana ter detectado em suas granjas a presença de vírus de alta patogenicidade da Influenza Aviária.

Ao menos no papel, portanto, as fronteiras russas se encontram reabertas à carne de frango dos EUA que, há 20 anos, enviavam para a Rússia quase a metade dos 2 milhões de toneladas então exportadas – desempenho que mantinha a avicultura norte-americana como principal supridora do mercado russo e a Rússia como principal importador mundial de carne de frango.

Na prática, porém, nada muda. Pois, frente às retaliações que vêm sofrendo desde o tumultuado processo de anexação de território ucraniano, a Rússia mantém o status anterior e nada importa dos norte-americanos. No caso da carne de frango, isso vem desde setembro de 2014 e completa, em março corrente, 43 meses consecutivos de importação “zero” dos EUA.

Não custa acrescentar, porém, que esse “abandono” se deve não apenas ao surgimento de novos fornecedores capazes de suprir as necessidades russas – caso, especialmente, do Brasil – mas sobretudo à expansão local da produção de carne de frango, hoje suficiente para atender a maior parte da demanda interna da Rússia.

E como esse crescimento não cessa, o governo de Moscou já sinalizou que, em breve, se tornará exportador de carne de frango. Ou seja: o “abandono” pode se estender, também, aos atuais fornecedores.

Fonte: Avisite

 



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