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SUPERÁVIT RECUA 8,5%

A balança comercial do agronegócio registrou um superávit menor em setembro na comparação com igual mês do ano passado. Segundo informações do Ministério da Agricultura, o saldo comercial do setor caiu 8,52% ao passar de US$ 6,872 bilhões para US$ 6,287 bilhões no período. Tanto as exportações quanto as importações apresentaram recuo. As exportações somaram US$ 7,24 bilhões, 12,7% abaixo do registrado em setembro do ano passado.

O Ministério, em nota assinada pela Secretaria de Relações Internacionais, explicou que essa queda reflete a diminuição das cotações internacionais dos principais produtos agropecuários exportados pelo Brasil. Os cinco principais itens vendidos para o exterior pelos produtores brasileiros foram: complexo soja; carnes; produtos florestais; cereais, farinhas e preparações; e complexo sucroalcooleiro – responsáveis por 74,0% das vendas externas.

As importações também apresentaram retração. Frente a setembro de 2014, a queda foi de 33,1%, passando de US$ 1,43 bilhão para US$ 954,93 milhões. Neste caso, o ministério explicou que houve queda generalizada no valor importado dos principais produtos: papel e celulose (US$ 97,79 milhões; -41,7%); trigo (US$ 87,44 milhões; -37,0%); pescados (US$ 70,84 milhões; -38,9%); óleo de palma (US$ 32,69 milhões; -25,1%); lácteos (US$ 32,18 milhões; -7,8%); borracha natural (US$ 27,1 milhões; -29,8%); e malte (US$ 20,71 milhões; -63,4%).

Commodities

Apesar do aumento do volume embarcado de soja em grão (+38,8%) e de óleo de soja (+137,6%) em setembro, a queda dos preços internacionais impediu um melhor desempenho nas exportações. Nem mesmo a alta do dólar foi capaz de impulsionar os ganhos do produtor. Os itens do complexo soja, principal na pauta de vendas, apresentou retração de 1,2%, passando de US$ 1,99 bilhão em setembro do ano passado para US$ 1,97 bilhão.

Com exceção de milho, cuja exportação foi recorde no mês passado, e de produtos florestais, todos os outros apresentaram queda. No milho, o avanço foi de 17,2% nas exportações, um resultado que foi influenciado basicamente pelo aumento do volume exportado, que cresceu 28,7% frente a setembro de 2014. Com esse resultado, o total exportado ficou em 3,46 milhões de toneladas, um recorde para o mês. No caso de produtos florestais, as vendas cresceram 4,8%, chegando a US$ 877,93 milhões em setembro.

Segundo nota técnica do Ministério da Agricultura, esse aumento foi puxado pelo avanço das exportações de papel e celulose, que passaram de US$ 598,37 milhões em setembro de 2014 para US$ 665,36 milhões em setembro de 2015 (+11,2%). O ponto fraco do segmento ficou com exportações de madeiras e suas obras, que caíram 12,1%, chegando a US$ 209,80 milhões. As carnes, que figuraram como o segundo principal item da pauta de exportação, apresentaram queda de 15,7% nas vendas, caindo de US$ 1,5 bilhão em 2014 para US$ 1,27 bilhão em setembro de 2015.

- Esse resultado ocorreu, principalmente, em função da redução do preço médio de exportação do setor – explicou o ministério.

A pasta informou ainda que as exportações de carne de frango totalizaram US$ 582,90 milhões, queda de 18,6%, no período. As vendas externas de carne bovina diminuíram para US$ 518,04 milhões (-7,7%).

Fonte: Globo Rural



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