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SUÍNO VIVO: SEMANA VOLTA A ENCERRAR NEGATIVA EM SP, RS E PR

Nesta sexta-feira (15), os preços para o suíno vivo encerraram estáveis, após uma semana de baixas nas principais praças de comercialização. Com as dificuldades econômicas e as altas temperaturas, a demanda pela proteína está retraída – o que tem causado pressão nas cotações mesmo sendo o período de maior consumo no mês.
De acordo com informações do Cepea, os atuais patamares de preços estão menores em cerca de 20% no acumulado de 2016. “Além da receita em queda, suinocultores também enfrentam custos de produção elevados – neste ano, o milho acumula alta de 33% na região de Campinas (SP) –, tendo, assim, de comercializar seus animais sem que atinjam o peso ideal, para aliviar custos o prejuízo”, explicam.
O levantamento realizado pelo economista do Notícias Agrícolas, André Lopes, aponta que a maior baixa registrada na semana foi em São Paulo, com o recuo de 7,78%. A bolsa de suínos de São Paulo definiu referência entre R$ 58 e R$ 60/@ – ou R$ 3,09 a R$ 3,20/kg. A queda é significativa na praça paulista, visto que na semana anterior os negócios estavam acontecendo entre R$ 63 a R$ 65/@ e já é a terceira queda consecutiva na praça.
No Paraná, as cotações recuaram 4,70% na semana, em que a referência de negócios passou de R$ 3,19/kg para R$ 3,05/kg. No Rio Grande do Sul, o cenário também foi de baixas, após a pesquisa semanal da ACSURS (Associação dos Criadores de Suínos do Rio Grande do Sul) apontar cotação média de R$ 3,17/kg.
Em entrevista ao Notícias Agrícolas, o presidente da ACSURS, Valdecir Folador, explica que a maior preocupação são os custos de produção, em que os produtores estão gastando em média R$ 4,00 por quilo do animal vivo. O principal fator de alta nos gastos das granjas é alta do milho, que subiu 100% em um ano.
"O Rio Grande do Sul colheu aproximadamente a mesma quantidade de milho da safra anterior, 5 milhões de toneladas, porém a exportação está demandando muito, então o estado já começa a se abastecer de milho importado da Argentina e do Paraguai, e temos produtores que já tem contrato para o segundo semestre de produto do Mato Grosso", explica Folador.
A escassez na oferta do cereal têm levado indústrias a importar o cereal de países vizinho. Com isso, o Ministério da Agricultura (Mapa) encaminhou pedido à Câmara de Comércio Exterior (Camex) para a retirada de taxas de importação de milho de outras regiões, como dos Estados Unidos.
Em entrevista à agência de notícias Reuters, o vice-presidente da Aurora, Neivor Canton, explicou que as margens da empresa estão ligeiramente no vermelho com a escassez da oferta de milho no cenário doméstico e pela necessidade de compras em outros mercados.
“Mas as importações ainda vêm em custo elevado, porque foram consolidadas algumas semanas atrás (com um dólar mais valorizado)… As margens operacionais com milho nos atuais patamares acima de 45 reais por saca, realmente dificultam", disse Canton.
Crédito para retenção de matrizes
O Ministério da Agricultura divulgou na quarta-feira (13), um aumento no limite de crédito de custeio para retenção de matrizes suínas, que passa de R$ 1,2 milhões para R$ 2,4 milhões.
Em reunião extraordinária do Conselho Monetário Nacional (CMN) ficou definido que a contratação do crédito poderá ser feita até 30 de junho deste ano e o reembolso será em até dois anos.
A proposta para retorno da linha de crédito havia sido apresentada pela Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) e pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), ainda no mês de março.
Exportação
Já os embarques, seguem registrando volumes positivos. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na primeira semana de abril foram exportadas 17,9 mil toneladas de carne suína in natura.
A média diária é de 3,0 mil toneladas, que representa crescimento de 15,7% em comparação a fevereiro e acréscimo de 66% em relação aos embarques diários de abril do ano passado.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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