As cotações do suíno vivo no mercado independente sofreram influência do aumento no consumo nesta semana. Com a demanda típica de primeira quinzena, o incremento no consumo pelo dia das mães e as temperaturas mais baixas, algumas praças de comercialização registraram alta.
Segundo levantamento realizado pelo Notícias Agrícolas no Rio Grande do sul, a bolsa de suínos indicou alta de R$ 0,05 na referência, passando de 3,05/kg para R$ 3,10/kg. Enquanto que a cotação agroindustrial média do suíno ficou em R$ 2,78/kg.
Já em São Paulo a APCS (Associação Paulista dos Criadores de Suínos) informou que diante da melhora na procura por animais a praça paulista também trouxe nova referência para esta semana entre R$ 57,00 a 59,00/@ o equivalente a R$ 3,04 a R$ 3,15/kg, respectivamente.
De acordo com a APCS a praça registrou boas vendas no varejo neste final de semana que proporcionaram um aumento de até R$ 1,00 por arroba na relação com a cotação praticada anteriormente.
Para o presidente da Associação, Valdomiro Ferreira, esse foi um reflexo do Dia das Mães e, por isso, pode ter um impacto limitado. “Com o consumo observamos uma redução na oferta, entretanto ainda não possibilita impulsionar novos reajustes, o mercado deve continuar imprevisto, pedimos aos criadores cautela”, disse.
Nas demais praças o mercado fechou estável. Em Santa Catarina os negócios acontecem a R$ 3,00/kg, seguido do Paraná com R$ 2,81/kg, Mato Grosso em R$ 2,63/kg e Mato Grosso do Sul com R$ 3,45/kg.
Em Minas Gerais e Goiás a referência foi mantida R$ 3,25/kg. “O mercado reagiu bem em termos de demanda na semana passada. Em volumes também, fechando em 7,73% a mais. Mas não foi o suficiente para a reação dos preços”, explicou o presidente da ASEMG (Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais), Antônio Ferraz.
Nesta semana o alerta de mercado do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada) destacou que depois de cinco semanas consecutivas de queda, as cotações da carne e do animal vivo voltaram a reagir em quase todas as praças acompanhadas.
Segundo o Centro, o início de mês e o clima frio impulsionaram o consumo, elevando o preço da carne. "O aumento na demanda pela carne, por sua vez, enxugou os estoques de frigoríficos. Com isso, pesquisadores do Cepea indicam que esses agentes elevaram as compras de animais vivos nesta semana, resultando em alta de preços também neste segmento", disse em nota.
Exportações
O Brasil segue com saldo positivo nas exportações de frango. Na primeira semana de maio (cinco dias úteis) os embarques totalizaram 16,8 mil toneladas, 27% acima da média diária registrada no mesmo período do mês passado, e 65,1% superior ao equivalente de 2015.
Em receita, o saldo foi de US$ 32,8 milhões com uma média diária de US$ 6,6 milhões, que corresponde a um avanço de 31,2% e 25,1% na relação abril/2016 e maio/15, respectivamente.
De janeiro a abril, as exportações atingiram 1,46 milhões de toneladas, uma alta de 15,4% em relação ao mesmo intervalo de 2015.
Fonte: Notpicias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor