O presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), João Martins, reuniu-se nesta quarta-feira (23/9) com o diretor presidente do Consórcio Cooperativo Agropecuário Brasileiro (CCAB-Agro), Jones Yasuda, na sede da CNA, em Brasília. No encontro, os dois discutiram, entre outros temas, a renovação do estado de emergência fitossanitária em algumas regiões do país por conta da incidência da Helicoverpa armigera, lagarta que tem causado prejuízo a culturas como soja, milho, algodão e tomate.
Entidades do setor agropecuário defendem uma solução definitiva para esta questão, por entenderem que o estado de emergência fitossanitária é uma ação paliativa e adotada apenas se a secretaria de agricultura do estado afetado pela lagarta encaminhar o pedido ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). A medida vale por um ano, prorrogada por igual período. Em várias unidades federativas, a emergência foi prorrogada e o prazo está próximo de acabar, como na Bahia, Goiás e Piauí, ou já venceu, como em Mato Grosso.
Com a decretação do estado de emergência fitossanitária, o país fica autorizado a adotar medidas emergenciais de controle de pragas, como a importação imediata de produtos a base de benzoato de emamectina, substância utilizada para combater a Helicoverpa armigera. Este princípio ativo não é produzido no Brasil, mas CNA, CCAB-Agro e outras entidades do setor agropecuário defendem que o Brasil possa importar este produto sem a necessidade do estado de emergência fitossanitária ou produzir esta molécula internamente, para reduzir a dependência externa.
Participaram da reunião o superintendente técnico da CNA, Bruno Lucchi, o consultor de Tecnologia da CNA, Reginaldo Minaré, o assessor técnico Alan Malinski e o diretor executivo da Associação dos Produtores de Soja do Brasil (Aprosoja Brasil), Fabrício Rosa.
Fonte: Assessoria de Comunicação CNA