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SOJA VOLTA A ATUAR COM ESTABILIDADE EM CHICAGO NESTA 6ª, APÓS FORTES ALTAS NA SESSÃO ANTERIOR

Após as altas de mais de 10 pontos na sessão anterior, os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, no pregão desta sexta-feira (12), trabalhavam ainda em campo positivo, porém, com ganhos mais tímidos. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 1,75 e 2 pontos. Assim, os contratos julho e agosto/16 ainda superavam os US$ 8,80. 
O mercado ainda não conta com informações que possam dar sustentabilidade ao bom avanço registrado nesta quinta-feira (11), já que seus fundamentos já são conhecidos e, por hora, não preocupam muito os investidores, como explicam analistas e consultores. 
Dessa forma, as cotações seguem travadas no intervalo dos US$ 8,50 a US$ 9,00 por bushel. Esse teto, no entanto, poderia ser ampliado para os US$ 10,00 por bushel, segundo explicou o analista de mercado Marcos Araújo, da Agrinvest Commodities. "O mercado deve trabalhar nesse intervalo até que tenha novos ingredientes. O mercado espera uma resposta para que tenha uma disparada da soja via redução da área de plantio, e essa resposta vem no fórum do USDA que acontece neste mês de fevereiro", diz. 
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja: Mercado em Chicago fecha com mais de 10 pontos de alta e puxa preços nos portos do BR
O mercado internacional da soja fechou o pregão desta quinta-feira (11) com altas de dois dígitos. Após semanas consecutivas de uma estabilidade quase inabalável, as cotações voltaram a subir com os investidores enxergando oportunidades de lucros nos futuros da oleaginosa e retornando à ponta compradora do mercado. 
O vencimento março/16 fechou com US$ 8,73 por bushel, subindo 11,25 pontos, o maio/16, referência para a safra do Brasil, com US$ 8,77 e ganho de 10,75 pontos. As posições mais distantes – julho e agosto/16 – superaram os US$ 8,80. 
Para o consultor de mercado Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, esse movimento tem pouco tempo de durabilidade, uma vez que ainda faltam novidades consitentes que possam trazer sustentabilidade a essas altas. "Por enquanto, o mercado ainda passa por correções técnicas", diz. 
Além desse ajuste, os números das vendas semanais para exportação dos Estados Unidos na última semana reportados nesta quinta-feira pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) também motivaram as altas, como explica Brandalizze. 
Na semana que terminou em 4 de fevereiro, os EUA venderam 666,8 mil toneladas de soja enquanto que, na semana anterior, as vendas vieram negativas em 43,6 mil toneladas e pesaram sobre o mercado. Ainda assim, segundo o consultor, a influência deste fator também acaba sendo limitada. No entanto, reforça que a demanda internacional ainda é forte. 
Complementando o quadro favorável para as cotações em Chicago, o dólar voltou a cair nos Estados Unidos nesta quinta-feira, aumentando a competitividade do produto norte-americano. "O índice dólar caiu frente a uma cesta de moedas e quando o dólar cai lá fora é motivo de alta para as commodities", explica Marcos Araújo, analsita de mercado da Agrinvest Commodities. 
Os futuros do farelo e do óleo também subiram. Novas altas no óleo de palma no mercado internacional puxaram o de soja, já que o mesmo atua como um substituro para o de palma, que conta com uma produção menor no cenário mundial, por conta de adversidades climáticas sentidas na Malásia, ainda segundo Araújo.
Mercado Brasileiro
A quinta-feira foi positiva também para os preços da soja no Brasil. Além dos futuros terem exibido melhor fôlego na Bolsa de Chicago a partir do meio do pregão, o dólar intensificou suas altas frente ao real fechando o dia com 1,22% de alta e cotado a R$ 3,98. Nos portos, os valores repercutiram a conjunção desses fatores imediatamente. 
Em Paranaguá, alta de 1,30% tanto para o disponível quanto para o produto futuro, com ambos encerrando os negócios em R$ 78,00 por saca. Já em Rio Grande, a soja da nova safra, entrega junho/16, subiu 2,50% para R$ 82,00, enquanto a disponível perdeu 0,62% para R$ 80,00. Em Santos, a referência é de R$ 77,50. 
Os negócios, porém, seguem escassos, como relata Vlamir Brandalizze. "Com um dia de altas em Chicago e do dólar, os preços deveriam subir de R$ 1,00 a R$ 2,00, mas isso não acontece tão rápido porque os compradores ainda não estão dispostos a pagar essa diferença, mas o mercado também não tem vendedores neste momento", diz. 
Segundo explicou o consultor, ainda há muitos contratos em aberto para serem entregues e assim, os traders optam por não abrirem novas posições neste momento, portanto. "Eles diminuem suas compras no disponível, para não pressionar muito o mercado, mas aumentam na soja a fixar", afirma. 
Nesta quinta-feira, no interior do país, os preços não caminharam em uma direção comum. Enquanto os valores subiram 0,73% em Londrina e Ubiratã/PR, para R$ 69,00 por saca, e 3,23% para R$ 64,00 em São Gabriel do Oeste/MS, em Campo Novo do Parecis/MT perdeu 2,44%, caindo para R$ 60,00; 1,61% em Tangará da Serra/MT para R$ 61,00 e 2,94% em Jataí/GO, para R$ 66,00.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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