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SOJA: USDA REDUZ NÚMEROS DA SAFRA 2015/2016

Por  Tânia Moreira Alberti – economista do DTE

USDA TRAZ CORTE DE ESTOQUES, MAS MEXE POUCO COM O MERCADO

Em 10 de junho, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou seu relatório de oferta e demanda do mês de junho, com estimativas para a safra 2015/16, que segue com o atraso na colheita na Argentina, e para a safra 2016/17, que segue em plantio nos Estados Unidos.

Antes da divulgação do relatório as cotações na CBOT oscilavam positivamente, com a soja chegando aos US$ 12,00 por bushel. Após a divulgação do relatório, as cotações passaram a buscar valores estáveis.

SOJA: ESTOQUES FINAIS E PRODUÇÕES SOFREM CORTES

O USDA indicou corte na produção brasileira que passou para 97,0 milhões de toneladas, em relação as 99,0 milhões de toneladas estimadas no mês anterior. A produção da Argentina foi mantida em 56,5 milhões de toneladas.

As exportações americanas na temporada 2015/16 foram elevadas, e as exportações brasileiras foram reduzidas em função da menor estimativa de produção.

Os estoques finais mundiais para 2015/16 caíram para 72,29 milhões de toneladas em relação as 74,25 milhões de toneladas do mês passado. A expectativa do mercado era de 73,0 milhões de toneladas. Os estoques finais americanos foram indicados em 10,07 milhões de toneladas, com corte maior que o esperado pelo mercado.

 

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Os contratos futuros da soja na CBOT após a divulgação do relatório registrou leves ganhos, com o contrato de julho-2016 cotado a US$ 11,78 por bushel, o que continua a ser uma das melhores cotações dos últimos dois anos.  Notícias sobre o aumento na chance de ocorrência do La Niña continuam a chamar atenção do mercado, embora o plantio americano ainda continue em situação de normalidade.

MILHO: USDA INDICA ESTOQUES MENORES DO QUE O ESPERADO PELO MERCADO

Para a safra 2015/16 o USDA cortou a produção brasileira de 81,0 para 77,5 milhões de toneladas.  As exportações brasileiras foram reduzidas para 22,5 milhões de toneladas, enquanto as exportações americanas foram elevadas.

O estoque final mundial foi reduzido para 206,45 milhões de toneladas, e o estoque final americano foi reduzido para 5,94 milhões de toneladas, com corte acima do que era esperado pelo mercado.

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Após a divulgação do relatório, as cotações em Chicago até apresentaram ganhos, que depois foram revertidos para perdas considerando que a manutenção da produção americana na safra 2016/17 contrariou as expectativas de mercado, que apontavam para redução. O contrato futuro de julho-16 era cotado a US$ 4,22 por bushel, ainda como umas das maiores cotações dos últimos dois anos.

TRIGO: USDA NEGATIVO

A produção e os estoques finais de trigo para as safras 2015/16 e 2016/17 foram maiores em relação ao relatório de maio, com indicações sobre os estoques finais acima do que era esperado. Por três safras consecutivas a produção mundial está acima do consumo mundial, com o crescimento dos estoques globais.

Após a divulgação do relatório, a cotação em Chicago para o contrato de julho-2016 despencou 2,37% no dia a          US$ 4,97 por bushel.

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Fonte: Sistema FAEP



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