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SOJA TEM SEMANA POSITIVA E MANTÉM-SE ACIMA DOS US$ 10,00 POR BUSHEL

Durante toda a semana os futuros da soja mantiveram variações positivas situando-se acima dos US$ 10,00 por bushel na Bolsa de Chicago, apresentando os melhores valores registrados na média dos últimos nove meses. O futuro de julho encerrou a semana cotado a US$ 10,29 por bushel, com ganho acumulado de 2% na semana.

O atraso da colheita na Argentina, com percentual colhido estimado de 24% em relação à média de 60% da safra 2014/15 no mesmo período do ano passado, com perdas inicialmente estimadas em 5 milhões de toneladas para o terceiro maior produtor e exportador mundial, foi o principal fator que sustentou as cotações.  Chuvas no centro-sul e meio-oeste americano também contribuíram para a alta, com percentual de plantio estimado em 3%, segundo o USDA.

Além disso, a fraqueza do dólar em relação a uma cesta de moedas, com os Estados Unidos protelando a alta dos juros, tem oferecido suporte aos preços das matérias primas, trazendo os fundos de investimentos para commodities e ativos de países emergentes. O dólar mais fraco é positivo para as exportações americanas e favorece o preço em Chicago.

O real teve uma semana de perda diante do dólar, seguindo o cenário internacional e o nacional, sem atuações do Banco Central para conter a queda, em três sessões consecutivas. Na sexta-feira o BC retornou com as operações de swap cambial, mas ainda assim o câmbio fechou em queda, cotado a R$ 3,45.

No Paraná, a Secretaria da Agricultura e do Abastecimento (SEAB) reajustou a produção de soja para 16,74 milhões de toneladas, 1% inferior à produção da safra passada, com reduções nas regiões centro-oeste, norte, oeste e sul. O preço médio recebido pelo produtor variou na semana entre R$ 69,00 a R$ 70,75 por saca, segundo a SEAB. O percentual comercializado no Estado é estimado em 59%, acima do percentual de 56% na média das últimas cinco safras.

PREÇOS DO MILHO REAGEM COM PERDA DE SAFRA NO BRASIL

Os futuros do milho na Bolsa de Chicago passaram por uma semana predominantemente positiva, com o contrato de julho cotado a US$ 3,91 por bushel, acumulando alta de 4% na semana.  A perda de safra no Brasil, em decorrência do quadro climático de seca no centro-oeste e sul motivam os ganhos em Chicago, enxergando-se uma menor disponibilidade do cereal brasileiro para exportação, favorecendo as exportações do cereal americano. Estimativas de consultorias privadas apontam para potencial perda de 5,0 milhões de toneladas na safrinha.

O USDA anunciou exportações semanais americanas de 2,6 milhões de toneladas que superaram em 80% o resultado da semana anterior, com destino ao Japão e outros destinos não revelados. Antes do feriado da semana passada, a Câmara de Comércio Exterior (Camex) divulgou resolução que permite importações brasileiras de 1 milhão de toneladas de milho com Tarifa Externa Comum (TEC) zero.

No mercado interno, o preço médio recebido pelo produtor variou de R$ 38,44 a R$ 39,71 por saca segundo a SEAB. A produção da segunda safra foi estimada em 12,39 milhões de toneladas, com queda na produtividade de 6% em relação à safra passada.

 

TRIGO PREDOMINANTE ALTA EM CHICAGO

Os futuros do trigo também fecharam uma semana positiva com o contrato de julho-16 variando entre a mínima de US$ 4,83 por bushel e máxima de US$4,88 por bushel, apoiando-se na fraqueza do dólar e exportações semanais americanas acima da média esperada pelo mercado.

No mercado interno, a SEAB estima redução de 14% na área de plantio do Estado, com crescimento da produção de 6%, dado a estimativa de produtividade 23% maior que na safra passada. A estimativa de produção é de 3,47 milhões de toneladas, com percentual de plantio de 3%.

 

Por: Tânia Moreira Alberti – Economista

Departamento Téc. e Econômico | Sistema FAEP

 

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Fonte: Sistema FAEP



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