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SOJA OPERA COM ESTABILIDADE NESTA 4ª EM CHICAGO APÓS INÍCIO DE SEMANA AGITADO

Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago, nesta quarta-feira (24), atuam com estabilidade e, por volta das 7h50 (horário de Brasília), perdiam pouco mais de 1 ponto, com todas as principais posições operando abaixo dos US$ 8,80 por bushel. 
O mercado internacional, nesta semana, já registrou uma sessão de boas altas e depois de intensa realização de lucros e, segundo explicam analistas, busca agora retomar seu equilíbrio. Afinal, as últimas movimentações têm sido técnicas e, sem novidades fortes, acabam perdendo rapidamente sua consistência. 
Do financeiro mundial, nesta manhã de quarta há ainda boas notícias cheganda da China, onde as ações fecharam os negócios em alta encontrando suporte dos setores de indústria  e infraestrutura. 
"O mercado chinês já se recuperou cerca de 10 por cento ao longo do último mês, impulsionado por uma alta dos mercados globais, sinais de estabilização do iuan e esperanças de que Pequim vai apresentar novos estímulos econômicos durante a reunião do Legislativo da China que começa no dia 5 de março", informou a Reuters.
Veja como fechou o mercado nesta terça-feira:
Soja: Com influência do financeiro e vendas de fundos, Chicago fecha com mais de 10 pts de baixa
Na sessão desta terça-feira (23), os preços da soja fecharam os negócios com baixas de mais de 10 pontos na Bolsa de Chicago. Os fundos de investimento foram às vendas e pesaram sobre as cotações de forma bastante severa, fazendo com que os preços perdessem alguns patamares importantes, segundo explicaram analistas nacionais e internacionais. 
A primeira posição – março/16 – fechou o dia valendo US$ 8,69 por bushel, após terminar o pregão anterior acima dos US$ 8,80, enquanto o maio/16, referência para a safra do Brasil, foi a US$ 8,73. Os contratos mais distantes, que na segunda foi acima dos US$ 8,90, terminaram o dia com US$ 8,79 para o julho/16 e com US$ 8,80 no agosto/16.
Além dos futuros dos grãos, os futuros do farelo e do óleo de soja também perderam força e as baixas para os derivados atuaram como catalisadores para o recuo do complexo de uma forma geral. As perdas superaram 1%. 
"A pressão de venda é maior no óleo, que recua mais de 1% nesta terça-feira, rompendo pontos técnicos importantes como a média móvel de 21 dias. O quarto pregão seguido de queda nos futuros do óleo de palma pressionam o cenário dos óleos vegetais", explicam os executivos da Agrinvest Commodities. "Fundos são fortes vendedores na CBOT, buscando reduzir a posição comprada em mais de 46 mil contratos de óleo de soja", completam.
O mercado da soja acompanhou as baixas registradas pela maioria das commodities nesta terça-feira, com uma maior aversão ao risco novamente tomando conta do mercado financeiro global, que ainda sofre com a falta de um horizonte bem definido em importantes economias do globo como China – e seu nível de crescimento ou o novo modelo que será adotado daqui em diante – ou Estados Unidos – e o futuro da sua taxa de juros. 
Nesse quadro, os futuros do petróleo, por exemplo, cederam mais de 4% em Nova York, enquanto na contramão, o dólar e o ouro, ativos que são como uma fuga para os investidores em momentos como esse, subiam. No caso do ouro, as altas passavam de 1%. Já a moeda norte-americana frente ao real buscava recuperar o patamar dos R$ 4,00. 
Assim, no Brasil, o mercado teve mais um dia em que duas forças opostas atuaram sobre as cotações. Enquanto Chicago pesou sobre os negócios e limitou seu movimento, a moeda norte-americana terminou o dia com ligeira alta e compensou, pelo menos uma pequena parte dessas baixas. 
No porto de Rio Grande, a soja disponível encerrou a terça-feira estável nos R$ 79,00 por saca e, no de Paranaguá, o último preço foi de R$ 78,00, também estável. Já a soja da nova safra subiu 0,12% para R$ 81,10 no terminal gaúcho, enquanto  permaneceu em R$ 78,00 por saca no paranaense. 
Fundamentos
Para analistas internacionais, as baixas registradas nesta terça-feira em Chicago têm peso ainda do fortalecimento de alguns fundamentos, entre eles a conclusão da safra da América do Sul. "Depois de quatro meses de espera, temos, finalmente, a certeza de grandes safras sulamericanas. Além disso, o mercado ainda vêm a desvalorização do peso, na Argentina, trazendo oportunidades de venda para o produtor local", disse um trader em condição de anonimato em entrevista ao portal internacional Agriculture.com.
Ainda entre os fundamentos, se intensificam também as especulações sobre a nova safra dos Estados Unidos, principalmente sobre a área de plantio tanto da soja quanto do milho, na medida em que se aproxima o Agricultural Outlook Forum do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos). O evento é um dos mais importantes do ano já que traz, oficialmente, algumas das primeiras estimativas para a nova safra e pode mexer com o mercado. 
A agência Bloomberg divulgou, nesta terça-feira (23), suas expectativas para os dados e aponta um ligeiro aumento tanto da área que seria cultivada com soja quanto com milho no país. 
A decisão dos produtores, no entanto, têm esbarrado na relação dos custos de produção com os baixos preços têm sido praticados, para ambas as culturas, no mercado internacional. Sobre a soja, a pesquisa estima um aumento da área plantada nos EUA em 0,7% em relação à temporada 2014/15 e passando de 33,47 milhões para 33,71 milhões de hectares. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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