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SOJA: MERCADO REALIZA LUCROS NA MANHÃ DESTA 3ª FEIRA EM CHICAGO E DEVOLVE GANHOS DA SESSÃO ANTERIOR

Os futuros da soja voltaram a recuar no mercado norte-americano nesta terça-feira (15). Ainda caminhando de lado, as cotações na Bolsa de Chicago perdiam entre 1,25 e 2,25 pontos nos principais contratos, por volta das 7h50 (horário de Brasília). Assim, o contrato mais negociado nesse momento – maio/16 – era cotado a US$ 8,93, enquanto o setembro/16 valia US$ 9,02 por bushel. 
Os investidores seguem esperando por mais novidades para se posicionarem de forma mais agressiva sobre a commodity, no entanto, são limitados pela aversão ao risco que ainda ronda os negócios e não pressiona só a soja hoje, mas todas as principais commodities. O petróleo em Nova York, nesta segunda, perdia mais de 2% e já atuava abaixo dos US$ 37,00 por barril. 
Os traders aguardam ainda pelos números que a NOPA (Associação Nacional dos Processadores de Oleaginosa dos EUA) divulga na tarde de hoje sobre o esmagamento de soja no país durante o mês de fevereiro. A expectativa do mercado é de que o volume venha próximo de 3,81 milhões de toneladas, contra 4,09 milhões processadas em janeiro e 4 milhões de fevereiro de 2015. 
Veja como fechou o mercado nesta segunda-feira:
Soja: Preços no Brasil fecham 2ª feira com suporte no dólar e nos prêmios altos nos portos
Os futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam esta primeira da sessão da semana com estabilidade. As duas primeiras posições encerraram o dia sem variações, enquanto o julho e o agosto/16 subiram 0,50 ponto para US$ 9,02 e US$ 9,04 por bushel, respectivamente. 
Ao longo do dia, o mercado chegou a esboçar alguma volatilidade ligeiramente mais acentuada, testando os dois lados da tabela, porém, voltou a operar em campo positivo para registrar pequenas altas. E segundo analistas internacionais, parte do suporte para as cotações veio de boas perspectivas sobre a demanda pelo produto norte-americano. 
O USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, nesta segunda, seu novo reporte semanal de embarque de grãos e, apesar do recuo em relação à semana anterior, o volume total de soja embarcada ficou dentro das expectativas dos traders. 
Na semana encerrada em 10 de março, os EUA embarcaram 715,186 mil toneladas de soja e o volume ficou dentro do esperado pelo mercado, que apostava em algo entre 650 mil e 1 milhão de toneladas. O total, porém, ficou bem abaixo do registrado na semana anterior, quando foram embarcadas 1.094,579 milhão de toneladas. No acumulado do ano comercial, os embarques já somam 40.275,887 milhões de toneladas, abaixo do mesmo período do ano anterior, de 43.143,906 milhões. 
Essa demanda maior poderia vir ainda por conta de alguns problemas de logística no Brasil. Com o avanço da colheita, os portos do país já começam a ficar congestionados com a chegada da oferta da nova safra, ainda segundo apontam analistas internacionais. 
"O congestionamento nos portos brasileiros continua sendo um problema. Porém, isso muda caso o clima mais seco observado neste último final de semana continuar colaborando com o carregamento dos navios", explicou Bryce Knorr, analista de grãos sênior e editor do portal Farm Futures. 
Prêmios e preços nos portos
Esses problemas nos terminais do Brasil, porém, dão suporte aos prêmios pagos pelo produto nacional e contribuem para a formação das cotações no mercado brasileiro. Ao mesmo tempo, essa subida dos prêmios acaba encarecendo a soja nacional, tornando-a menos competitiva e sendo mais um fator de uma demanda voltando-se aos EUA. 
"Nas últimas duas semanas, os basis da soja em Paranaguá para embarque abril subiram de 23 cents acima para 41 cents acima do contrato maio na CBOT, tornando a soja brasileira menos competitiva. Já a soja americana para o mesmo embarque é ofertada a 48 cents acima FOB Golfo", explicam os analistas da Agrinvest Commodities. "Os basis no Brasil são muito caros para a realidade atual. Com grande tempo de espera nos terminais públicos, e o custo relacionado, indicam que os basis no Brasil deveriam oferecer um desconto frente aos concorrentes a fim de atrair demanda", completam. 
Ao mesmo tempo, como explica Vlamir Brandalizze, consultor da Brandalizze Consulting, esses prêmios refletem ainda um mecanismo de atrair vendedores, neste momento em que a comercialização de grãos no Brasil está parada e em que os compradores seguem buscando produto. 
Nesta segunda-feira, a soja disponível no porto de Paranguá encerrou o dia com R$ 74,00 por saca, estável, bem como aconteceu com o produto com embarque previsto para maio. Já em Rio Grande, alta de 0,68% para R$ 74,50, e de 1,34% para R$ 75,00 por saca, respectivamente. 
Além das pequenas altas em Chicago e dos prêmios elevados, o dólar voltou a subir e também deu sustentação às cotações. Nesta sessão, a moeda fechou com ganho de 1,71% e valendo R$ 3,6524, subindo mesmo após as manifestações populares deste domingo (13) contra o governo do PT. As mudanças, no entanto, ainda não são efetivas e as perspectivas sinalizam ainda muita nebulosidade na cena política nacional.
"Vimos que população não tem nenhum nome para substituir o governo do PT. A oposição foi vaiada (nas manifestações) e fica a interrogação sobre quem seria a substituição ao governo", disse o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa à agência de notícias Reuters.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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