As cotações futuras da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) iniciaram a sessão desta quinta-feira (5) próximas da estabilidade. Por volta das 7h33 (horário de Brasília), as principais posições da oleaginosa exibiam ligeiras quedas, entre 0,75 e 2,25 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,81 por bushel, depois de encerrar o dia anterior a US$ 8,82 por bushel.
O mercado voltou a trabalhar em campo negativo, após os ganhos registrados no dia anterior. De acordo com informações do site internacional Farm Futures, a demanda aquecida acabou compensando os mapas meteorológicos que mostram chuvas mais generalizadas para o Brasil, onde a safra de soja 2015/16 está sendo cultivada. Inclusive, esse é uma das principais variáveis observadas pelos participantes do mercado nesse momento.
Além desse cenário, os investidores começam a se preparar para o boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será reportado na próxima terça-feira (10). Com isso, os analistas ressaltam que os preços ficarão sem um direcionamento claro, oscilando nos dois lados da tabela. Ainda assim, os anúncios de vendas de soja americana e o relatório de vendas para exportação podem influenciar o andamento das negociações.
O país vendeu 2.087,4 milhões de toneladas de soja na semana encerrada no dia 22 de outubro, de acordo com o último boletim do departamento. O órgão traz os novos números ainda nesta quinta-feira.
Confira como fechou o mercado nesta quarta-feira:
Soja: Em Chicago, mercado testa reação e fecha sessão desta 4ª feira com ganhos de mais de 5 pts
As principais posições da soja negociadas na Bolsa de Chicago (CBOT) fecharam a sessão desta quarta-feira (4) em campo positivo. Durante o pregão, os contratos da commodity ampliaram as altas e encerraram o dia com ganhos de mais de 5 pontos. O vencimento novembro/15 era cotado a US$ 8,82 por bushel, com valorização de mais de 3,40 pontos.
O mercado exibiu uma correção técnica depois de fechar o dia anterior próximo da estabilidade. Ainda assim, as cotações permanecem oscilando no intervalo de US$ 8,50 por bushel a US$ 9,20 por bushel. Na visão do consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, esse é um momento de calmaria nos preços frente à finalização da colheita nos Estados Unidos e o período de entressafra na América do Sul. Já a demanda permanece aquecida pelo grão norte-americano.
Inclusive, esse é o foco dos participantes do mercado, a evolução nos trabalhos nos campos brasileiros. As chuvas continuam irregulares na faixa central do Brasil, segundo dados dos institutos meteorológicos. No Mato Grosso, maior estado produtor do grão no país, o plantio da oleaginosa avançou para 38%, conforme levantamento realizado pelo Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária). Contudo, os trabalhos nos campos permanecem atrasados em relação ao ano anterior.
Para essa safra, a perspectiva é que sejam colhidas em torno de 100 milhões de toneladas da soja, de acordo com projeções oficiais. Porém, um dos destaques do mercado internacional nesta quarta-feira foi a informação de que autoridades norte-americanas levantaram dúvidas sobre a estimativa da produção brasileira, que poderia ficar aquém do número indicado.
"As precipitações continuam irregulares no Centro-Oeste. E, em muitas regiões, os produtores realizam a semeadura da soja e depois da safrinha de milho. Com isso, os agricultores poderão semear a oleaginosa mais rapidamente para não comprometer a janela ideal de plantio da safrinha, o que pode impactar a produtividade da soja. Além disso, a concentração de cultivo pode elevar as preocupações com a incidência de pragas", ressalta Brandalizze.
Paralelamente, os investidores começam a focar o próximo boletim de oferta e demanda do USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos), que será divulgado no dia 10 de novembro. Conforme projeções da Informa Economics, a produtividade das lavouras de soja deverá ficar em 54,32 sacas por hectare, acima do projetado pela consultoria em outubro, de 53,52 sacas por hectare. O número também está acima do reportado pelo órgão em seu último relatório, de 53,52 sacas por hectare.
Mercado interno
A soja disponível no Porto de Rio Grande registrou ligeira alta nesta quarta-feira (4), de 0,96%, com a saca negociada R$ 84,00. Já a saca para entrega futura foi cotada a R$ 80,00. Enquanto isso, em Paranaguá, a cotação da soja futura permaneceu estável em R$ 79,00 a saca e não houve referência para a saca do grão disponível no terminal.
Por outro lado, o dólar registrou uma sessão de volatilidade, mas fechou o dia a R$ 3,7967 na venda, com ganho de 0,69%. Na mínima do pregão, o câmbio tocou o patamar de R$ 3,7466. A moeda norte-americana foi impulsionada pelos dados forte do setor de serviços dos Estados Unidos e também pelas declarações da chair do Federal Reserve, Janet Yellen, de que a taxa de juros no país poderá ser revisada para cima ainda esse ano.
Contudo, o consultor em agronegócio, Ênio Fernandes, destaca que, os negócios têm acontecido de maneira bem pontual. "O produtor já vendeu boa parte da safra velha e o restante usa como ativo financeiro. Já da safra nova, o agricultor se posicionou, temos mais de 40% da produção brasileira negociada antecipadamente. E, nesse momento, os produtores estão focados no plantio e na garantia de uma boa produtividade", afirma.
Fonte: Notícias Agrícolas
Fonte: Canal do Produtor