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SOJA: MERCADO EM CHICAGO REGISTRA 3ª SESSÃO CONSECUTIVA DE ALTAS NESTA 6ª FEIRA

Os preços da soja seguem subindo na Bolsa de Chicago e registram a terceira sessão consecutiva de ganhos nesta sexta-feira (18). Na manhã de hoje, por volta das 7h20 (horário de Brasília), as posições mais negociadas subiam entre 3,50 e 4,25 pontos e todas elas acima dos US$ 9,00 por bushel. O contrato agosto/16 já era negociado a US$ 9,10. 
Os futuros da oleaginosa seguem encontrando suporte em uma retomada geral das commodities, mesmo que esta esteja ainda acontecendo de forma comedida, principalmente entre os negócios com o petróleo. Nesta sexta, alta de quase 1% cotações já na casa dos US$ 40,00 por barril. Paralelamente, um dólar mais fraco internacionalmente contribui. 
E com esses ganhos, a soja negociada em Chicago registra suas máxima em mais de três meses, segundo explicam analistas internacionais. A demanda mundial pela commodity, seja dos EUA, do Brasil ou da Argentina, que são os três maiores fornecedores globais, são outro importante fator de suporte, bem como um avanço dos preços do óleo, que também passam por um bom momento.
Veja como fechou o mercado nesta quinta-feira:
Soja fecha acima dos US$ 9 por bushel em Chicago nesta 5ª feira com suporte do dólar e petróleo
"Os preços da soja estão começando a mudar de direção", diz o consultor em agronegócios Ênio Fernandes sobre o andamento do mercado da oleaginosa na Bolsa de Chicago. Nesta quinta-feira (17), os futuros da commodity fecharam a sessão com ganhos de mais de 3 pontos nas posições mais negociadas, mas, durante o dia, os ganhos chegaram a superar os 9 pontos.
Os principais contratos, portanto, estão todos acima dos US$ 9,00 por bushel. A exceção fica por conta do maio/16, referência para a safra brasileira, que terminou o dia cotado a US$ 8,94, porém, na máxima do pregão, foi a US$ 9,04. Já o novembro/16 ficou com US$ 9,06, após bater na máxima de 9,15. 
Além de algumas especulações sobre o início da safra norte-americana e da conclusão da sul-americana, o mercado futuro da soja nos EUA encontrou força ainda, nesta quinta-feira, no avanço das cotações do óleo de soja, motivado pelas perspectivas de um aumento da demanda internacional diante de uma redução na produção do óleo de palma – com seus preços batendo nas máximas de 20 meses, segundo explicaram os analistas internacionais. 
Para Fernandes, "a medida em que nos aproximamos mais do plantio da nova safra norte-americano, nos aproximamos mais de preços firmes na casa dos US$ 9,00 por bushel". Como explicou o consultor, a semeadura da temporada 2016/17 começando a ganhar corpo nos Estados Unidos permite ainda a volta da volatilidade para as cotações, já que começa a se desenhar um novo cenário para as cotações e uma renovação, portanto, das especulações, além de seu fortalecimento. 
No entanto, pondera ainda sobre um mercado ainda de lado, pelo menos, até o próximo dia 31 de março, quando o USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) reporta o seu relatório de estoques trimestrais e as expectativas do mercado indicam volumes elevados e ainda confortáveis para a soja. 
A demanda, no entanto, é crescente e forte, e isso se confirma tanto para a soja norte-americana, quanto para a brasileira. Reflexo disso veio reportado no boletim semanal de vendas para exportação trazido, também, pelo USDA nesta quinta-feira. Na semana encerrada em 10 de março, os EUA venderam 858,3 mil toneladas de soja, sendo 623,7 mil da safra 2015/16. O volume do atual ano comercial superou o registrado na semana anterior, quando foram vendidas 475,2 mil toneladas e, assim, elevou o acumulado na temporada a 44.809,7 milhões de toneladas. 
Dólar e Petróleo
Além de uma sinalização de os fundamentos do mercado da soja estarem ganhando força, a desvalorização do dólar frente a uma cesta de moedas internacionais, incluindo o real, e uma recuperação do mercado do petróleo nas bolsas internacionais também dão suporte aos negócios com a soja em Chicago. "Esses fatores também constroem um quadro que aproxima os preços dos US$ 9,00 por bushel", diz Ênio Fernandes. 
A moeda norte-americana, nesta quinta, fechou com queda de mais de 2% frente à brasileira e, mais uma vez, reduz a competitividade do produto nacional e provoca uma retração do sojicultor do Brasil, reduzindo sua oferta no quadro internacional. 
A movimentação da divisa, além dos fatores internacionais, conta ainda com uma turbulenta cena política interna. A perspectiva, segundo especialistas, é de que as chances de que Dilma Rousseff termine seu mandato são mínimas e de que a integração de Lula ao seu governo seja insuficiente para calar as vozes que pedem por seu impeachment. 
"A leitura é que Lula não vai conseguir evitar o impeachment e isso impulsiona os ativos brasileiros", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa.
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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