O subsecretário de Agricultura da Argentina, Juan Maceira (esq), e o diretor de Estimativas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Diego Fernández (centro), detalham previsões da safra.
Equipe da Expedição Safra entrevista Juan Brihet (á esq.) e Esteban Copati (centro à dir.), do Departamento de Estimativas da Bolsa de Cereales, em Buenos Aires.
O destino que será dado a um volume adicional de cerca de 5 milhões de toneladas de soja que a Argentina produz nesta temporada abre discussão no mercado. Competidores como Brasil e Paraguai cogitam aferta extra do produto em grão, mas o governo argentino considera que o produto pode acabar sendo processado no próprio país.
A moagem de soja foi de 41 milhões de toneladas na última temporada, mas a indústria opera ociosa e tem capacidade para cerca de 65 milhões de toneladas ao ano, disse o diretor de Estimativas Agrícolas do Ministério da Agricultura, Pecuária e Pesca (Minagri), Diego Fernández, em entrevista à Expedição Safra Gazeta do Povo.
O governo direciona a produção para a moagem com a cobrança de retenções sobre as exportações de soja grãos, uma espécie de tributo que correspondem a 35% do valor do produto.
- Queremos que um volume maior de soja seja processado internamente, o mercado é que vai definir o que será feito com a soja – afirmou o subsecretário de Agricultura do Minagri, Juan Maceira.
A safra próxima de 60 milhões de toneladas está sendo comemorada também pela promessa de elevar a previsão anual a 115 milhões de toneladas de grãos.
- Neste momento, a projeção é de 58,5 milhões de toneladas, mas podemos dizer que o potencial da safra chega a 60 milhões de toneladas – disse o chefe de Estimativas e Projeções da Bolsa de Cereales, Esteban Copati.
Ele afirma que a tendência é de reajustes para cima, num momento que faz os números privados de públicos convergirem para um recorde emblemático.
A Expedição Safra percorre a Argentina desde o início da semana, num roteiro de 4,5 mil quilômetros para visitas a regiões de produção e a centros de informações do agronegócio.
Fonte: Gazeta do Povo