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SOJA: ALTA DO DÓLAR COMPENSA PERDAS EM CHICAGO

A semana mostra um ritmo de negócios mais lento no mercado brasileiro de soja. Apesar da alta ainda expressiva do dólar e dos prêmios fortalecidos, além da presença da demanda, os vendedores se mostram um tanto mais retraídos nestes últimos dias, segundo explica o economista e analista de mercado da Granoeste Corretora de Cereais, Camilo Motter.

“Na expectativa de que os preços podem subir ainda mais, o produtor tem vendido de forma um pouco mais comedida, da mão para a boca”, diz.

Além disso, as perdas registradas nesta terça-feira dos futuros da oleaginosa negociados na Bolsa de Chicago – de pouco mais de 7 pontos entre os principais vencimentos – acabaram por limitar o avanço das cotações no Brasil, e acabaram até por pressioná-las nos portos e em algumas praças de comercialização do interior do país.

Em Paranaguá, perdas de 0,56% no disponível e para setembro, com preços de R$ 88,00 e R$ 89,00, respectivamente, enquanto em Rio Grande, recuo de 0,34% e 0,45%, para R$ 89,00 e R$ 86,70 por saca. No interior, as perdas passaram de 1%, porém, não foram generalizadas.

BOLSA DE CHICAGO

O mercado da soja operou em baixa nesta terça-feira na Bolsa de Chicago durante toda a sessão. Assim, o contrato novembro finalizou o pregão com US$ 8,59, enquanto o março foi a a US$ 8,86 por bushel.

As cotações refletiram os últimos números trazidos pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) que aumentaram o índice de lavouras de soja e milho em boas ou excelentes condições de 53% para 55%.

O número teve alta de dois pontos percentuais na semana e ficou acima dos 54% esperados pelo mercado. São 32% das lavouras em condições regulares, contra 33% da semana anterior, e 13% e condições ruins ou muito ruins, contra 14% da semana anterior.

Além disso, a pressão da guerra comercial entre China e EUA, apesar das especulações de que os dois países deverão continuar suas negociações, também segue limitando os preços da soja na CBOT. A falta de um acordo entre os governos de Donald Trump e Xi Jinping, afinal, mantém a demanda chinesa ausente no mercado norte-americano, e os estoques dos EUA historicamente altos.

Fonte: Notícias Agrícolas



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