Depois de amargar quatro temporadas com baixos preços, que muitas vezes não chegavam a remunerar sequer os custos de produção, os produtores de cana-de-açúcar do Paraná voltam a olhar para o mercado com esperança.
Nas últimas quatro safras, os preços da cana básica (121,9676 Kg ATR/t), balizados pelo Conselho dos Produtores de Cana-deaçúcar, Açúcar e Álcool do Estado do Paraná (Consecana-PR), permaneceram ao redor de R$ 51/t, fruto, dentre outros fatores, do excesso de oferta de açúcar no mercado internacional e de políticas do governo Dilma Rousseff que congelaram o preço da gasolina, impactando diretamente nos preços do etanol. Nesse mesmo período houve aumentos significativos nos custos de produção, causando queda na renda dos produtores.
Na safra 2016/17, que teve início em abril deste ano, a situação começou a mudar. O preço do etanol no mercado interno teve aumento significativo, bem como o preço do açúcar no mercado internacional, contribuindo para o aumento do valor da cana. Fruto deste cenário, em outubro deste ano, o Consecana-PR indicou preço de R$ 66,50/tonelada para a cana básica.
Ao que tudo indica, 2016 terminará como um ano de recuperação do setor sucroalcooleiro, que deverá direcionar a maior parte da produção para a fabricação de açúcar, deixando a oferta de etanol mais apertada. A análise está no “Panorama das principais atividades da agropecuária paranaense”, material desenvolvido por técnicos do Sistema FAEP/SENAR-PR, que analisa as cadeias mais importantes para o agronegócio do Paraná. No caso da cana-deaçúcar, a expectativa de retomada dos preços tem uma explicação simples. As projeções de mercado apontam para um déficit mundial de açúcar, da ordem de 8,5 milhões de toneladas na safra global 2015/16 e de 5,5 milhões de toneladas para 2016/17.
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Fonte: Sistema FAEP