Brasília (04/03/2016) – A Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e o Instituto Pensar realizaram, hoje, (04/03), na Câmara dos Deputados, seminário para debater propostas de sugestões para o Plano Agrícola e Pecuário 2016/2017. Entre outros temas, foram abordados assuntos importantes para o setor: desburocratização do acesso ao crédito rural, redução das taxas de juros, maior volume de recursos, melhoria dos instrumentos de apoio à comercialização e do modelo de seguro rural, diversificação das fontes de financiamento da produção e um plano safra plurianual para o setor agropecuário.
Um dos pontos que mais preocupam o setor neste ano, diante do cenário de crise econômica, é a redução de recursos do orçamento para apoio à comercialização, como os leilões de preço mínimo. “Defendemos que estes mecanismos sejam aprimorados, mas houve redução drástica no orçamento e isso é algo que preocupa, porque mesmo melhorando estes mecanismos, não tem como operacionalizá-los sem dinheiro”, disse o superintendente técnico da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Bruno Lucchi, que mediou um dos painéis do encontro, realizado ontem e hoje com o objetivo de discutir propostas para a próxima safra.
Em relação ao plano plurianual para o setor, o superintendente técnico destacou que a proposta vai dar mais estabilidade e segurança para o produtor ter um planejamento da sua atividade, no médio e longo prazos. “Vai auxiliar (o produtor) tanto no custeio como no investimento”. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) deve encaminhar ainda neste ano um projeto para viabilizar a criação desta política.
Debates
Décio Tocantins, diretor executivo da Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (AMPA), mostrou preocupação com o contingenciamento de recursos para os mecanismos de equalização para assegurar o preço mínimo e defendeu a revisão dessa garantia de acordo com a realidade cambial. Já Benedito Rosa, consultor e ex-secretário do MAPA, defendeu medidas para baixar o custo dos financiamentos, como a simplificação do acesso ao crédito rural e o uso do crédito rotativo para garantir recursos para o pré-custeio.
O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA), Daniel Ferreira, falou sobre o peso do dólar nos custos de produção. Eduardo Marques, da Secretaria de Política Agrícola do MAPA, explicou os desafios do órgão em relação ao contingenciamento de recursos para as Operações Oficiais de Crédito (OOC). E o consultor Ivan Wedekin fez uma exposição sobre as fontes privadas de financiamento, como as Letras de Crédito do Agronegócio (LCA).
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Fonte: Canal do Produtor