Com sementes de soja estocadas desde setembro do ano passado, produtores do Sul do Maranhão tiveram de improvisar para proteger o insumo que ainda não pôde ser semeado. Sem conseguir terminar o plantio das lavouras, que deveria ter sido concluído até o final de novembro,agricultores da região de Balsas (MA) colocaram lona preta e instalaram ar-condicionado em galpões. A medida é para evitar que a baixa umidade e alta temperatura comprometam a qualidade da semente.
O plantio está muito atrasado, fazia anos que não víamos uma seca como essa. A falta de chuva vai prejudicar muito a produtividade desta safra aponta Isaias Soldatelli, presidente da Associação dos Produtores de soja do Maranhão (Aprosoja-MA).
O Maranhão, que integra a nova fronteira agrícolabrasileira batizada de Matopiba, cultiva 700 mil hectares desoja. E a preocupação com a produtividade das lavouras não se resume à oleaginosa. Os impactos da estiagem prolongada deverão se estender para a safrinha de milho, que no ano passado ocupou 100 mil hectares no Estado nordestino.
O atraso da soja vai acabar diminuindo o volume da segunda safra também lamenta Soldatelli, ponderando que algumas pancadas de chuva na semana passada trouxeram um pouco de alento aos produtores.
Antes da seca no Nordeste, provocada pelo fenômeno El Niño, a previsão era de que a safrinha de milho alcançasse a 150 mil hectares.
Agora, se chegar a 100 mil será muito completa o dirigente da entidade.
Fonte: Zero Hora
Fonte: Canal do Produtor