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SEMENTE CRIOULA

Agricultores familiares do Rio Grande do Norte participam do Encontro Estadual sobre Sementes Crioulas. O objetivo é proporcionar a troca de experiências entre os agricultores e apresentar políticas públicas voltadas para o tema, como a modalidade Aquisição de Sementes do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA Sementes). São esperadas, no encontro, cerca de 200 pessoas, entre agricultores e técnicos de organizações que prestam serviços para a agricultura familiar.

O delegado substituto da Delegacia Federal do MDA no estado, Dario Alves de Andrade, que participa do evento, explica que as sementes crioulas, diferentemente das convencionais, não são adquiridas, mas trocadas, passadas de um agricultor ao outro e, muitas vezes, de geração em geração.

- São sementes selecionadas pelos próprios agricultores, guardadas a cada plantio e, portanto, adaptadas ao solo e ao clima daquela região – observa Andrade.

Segundo o delegado, o encontro servirá para se discutir o processo seletivo realizado pelos agricultores e a comercialização, a partir do PAA Sementes.

- A gente quer mostrar que há uma oportunidade, não só de gerar autonomia, de ter a semente certa na hora do plantio, mas também mostrar para o agricultor que tem mais um espaço de renda para fortalecer a agricultura familiar – ressalta ele.

O encontro é realizado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA), em parceria com a Secretaria de Estado da Agricultura, da Pecuária e da Pesca (Sape) e a Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).

Troca de Experiências

João Maria do Nascimento, 33 anos, é um dos agricultores que vai apresentar sua experiência com as sementes crioulas durante o encontro. Ele vive na zona rural do município potiguar de Serra Caiada, onde produz, com a ajuda da esposa e dos filhos, mandioca, fava, milho e feijão. Ele conta que já utiliza as sementes nativas há muito tempo e que elas são mais apropriadas que as convencionais.

- A semente crioula já é mesmo de família. Tentamos plantar com a semente convencional, mas não deu muito certo. A semente que vem de fora e não se adapta a nossa região e ao nosso período de plantio – conta.

Para o agricultor, o encontro vai estimular a utilização de sementes crioulas.

- É um ponto de partida para a gente fortalecer cada vez mais as sementes crioulas no nosso estado. Nós estamos perdendo espaço para essas sementes que vem de fora. Vamos conhecer coisas novas e tentar trazer para nossa realidade, para ver se a gente consegue vender mais, gerar mais renda – realça o produtor.

Fonte: Portal do Ministério do Desenvolvimento Agrário



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