A semana será de grandes expectativas com relação à chuva no Brasil. No decorrer desses próximos dias, a combinação entre instabilidades no interior do continente e a formação de uma nova frente fria traz chuva de volta em praticamente todo o centro-sul brasileiro. Aliás, na quarta-feira,13, os volumes devem ser expressivos na fronteira entre Uruguai e Rio Grande do Sul, mas o que chama mais a atenção é a chuva volumosa que se espalha por toda a região Sul, boa parte do estado de São Paulo e também boa parte de Mato Grosso do Sul na quinta-feira, 14.
Além de tudo isso, a quinta-feira será marcada pela possível formação de uma tempestade que, se confirmada pela Marinha do Brasil, será chamada Kurumi. Essa tempestade é configurada como um ciclone (área de baixa pressão atmosférica), a qual pode intensificar a chuva, os ventos e a agitação marítima com ondas que podem ultrapassar a casa dos 3 metros de altura.
“A 400 quilômetros da costa, os ventos podem chegar a 107 km/h. Só a título de comparação, um furacão F1 começa com 119 km/h”, diz Celso Oliveira, meteorologista da Somar.
Segundo ele, as rajadas de vento podem variar de 70 a 90 km/h na costa do Sul e Sudeste do Brasil, atrapalhando a operação dos portos e balsas.
Pensando no interior dos estados, mudanças no tempo também serão observadas devido a canalização da umidade da Amazônia sob influência deste ciclone em alto mar. Com a formação do corredor de umidade, o volume de chuva pode chegar a casa até 70 milímetros em pontos de Mato Grosso, Goiás, faixa norte entre Mato Grosso do Sul e São Paulo, além de toda a metade sul de Minas Gerais. Para a metade norte brasileira, o destaque aparece na próxima semana devido ao avanço das instabilidades, a possível formação de uma frente fria já na altura do Sudeste, canalizando assim, a umidade da Amazônia entre o norte mineiro, Bahia, Tocantins e Pará.
O destaque passa a ser especialmente agrícola semana que vem, pois o avanço dessa chuva é aguardado por muitos produtores da região do Matopiba – que abrange os estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia – para iniciar a instalação do milho, da soja, e já pensando no algodão que começa a ser instalado em dezembro.
Fonte: Canal Rural