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SEMANA COMEÇA POSITIVA PARA A SOJA EM CHICAGO E POSIÇÕES MAIS DISTANTES PASSAM DE US$ 9,30

Segunda-feira positiva para os preços da soja na Bolsa de Chicago. Os futuros da oleaginosa vêm operando do lado positivo da tabela na sessão de hoje, dando continuidade aos bons ganhos registrados na última sexta-feira (8). Os principais vencimentos, por volta das 7h35 (horário de Brasília), subiam entre 4,50 e 5 pontos, com os mais distantes voltando a superar os US$ 9,30 por bushel. 
O mercado acompanha com atenção o andamento dos principais indicadores financero – na última sexta, o petróleo subiu quase 6% e ajudou a puxar as commodities, bem como as reformas que começam a ser anunciadas pela China para manter o ritmo de crescimento de sua economia – ao mesmo tempo em que acompanha o desenvolvimento do clima nos EUA e o início da safra 2016/17. 
A disputa por área entre soja e milho no país deverá ser, como explicam analistas, o principal direcionador as cotações de ambas as commodities no mercado internacional. As últimas projeções mostram um espaço menor a ser dedicado pela oleaginosa e um maior a ser semeado com o cereal nessa próxima temporada, porém, a relação de preços da soja começa a melhorar e poderia estimular a migração dos produtores americanos. 
Veja como fechou o mercado na última semana:
Soja: Brasil tem semana de boas altas, retomada de patamares e melhor ritmo de negócios
Apesar das altas de mais de 10 pontos registradas pelos futuros da soja na sessão desta sexta-feira (8), o balanço semanal para o mercado internacional da oleaginosa foi negativo. Os principais vencimentos terminaram a semana com perdas de 0,08% a 0,16%. 
As cotações, porém, conseguiram recuperar alguns patamares importantes que foram perdidos nos últimos dias. Afinal, a volatilidade parece ter retornado aos negócios na CBOT, após meses do mercado caminhando de lado. "Parece que o mercado encontrou um patamar de acomodação no curto e médio prazo", explica o analista de mercado Fernando Pimentel, da Agrosecurity. 
Fundamentos
Para Pimentel, os atuais fundamentos do mercado – incluindo as perspectivas para a nova safra dos Estados Unidos – não motivariam o bom avanço registrado pelos preços nos últimos dias. E isso se dá, principalmente, pela melhor relação que se estabeleceu para a soja em detrimento do milho, o que poderia motivar um aumento da área de plantio da oleaginosa e uma pequena redução para o cereal. 
"A paridade de 2,5 da soja sobre o milho nos induz a crer que teremos, talvez, mais área de soja do que o esperado, de 1 milhão a 1,5 milhão de acres a mais. Então, isso faria um tratamento nos preços levando a soja para baixo e puxando o milho para cima", diz o analista. 
Os trabalhos de plantio da oleaginosa devem começar nas próximas semanas e, diante disso, ansiedade em relação às condições climáticas que serão sentidas nesta nova temporada. A consequência vem, portanto, com o impacto que a briga por área entre soja e milho terá sobre os preços de ambas as commodities. 
Atualmente, as condições indicam tempo mais e frio e úmido no Meio-Oeste norte-americando, o que ainda tem limitado os desenvolvimentos dos trabalhos de campo. E de acordo com as últimas informaçõesdo Serviço Nacional de Clima do governo dos EUA, ainda durante este final de semana, as temperaturas continuarão abaixo da média para o período. Esse quadro, e mais as chuvas da época, devem se estender até a próxima semana. Segundo especialistas, portanto, o quadro só se mostra mais favorável, e de uma forma geral, a partir do meio de abril.
Mercado Financeiro
O mercado financeiro também exerceu bastante influência sobre o andamento dos preços nesta última semana. Os índices acionários estiveram bastante voláteis, indicaram um maior aversão ao risco e uma, mesmo que pontual, saída dos investidores das commodities. 
Entretanto, o dólar voltou a perder força, principalmente depois que, ainda nesta semana, o Federal Reserve manteve sua postura cautelosa sobre os juros nos EUA. O recuo da moeda americana, principalmente nestas quinta e sexta-feiras impulsionaram as commodities, principalmente o petróleo. 
Nesta sexta (8), a alta passou de 6% em Nova York, levando o barril a se aproximar, novamente, dos US$ 40,00. Se os ganhos serão consistentes ainda é um movimento desconhecido para os analistas, afinal, os fundamentos seguem negativos e dependem, para mudar de direção, da decisão dos principais países produtores. 
Há perspectivas de que a Opep (Organização dos Países Produtores de Petróleo) deverá concordar em limitar suas produção para ajudar a conter os preços. "O sentimento em relação a isso, porém, tem se movimentado tanto para negativo quanto positivo nos últimos dias", diz Bryce Knorr, analsita sênior do portal Farm Futures. Os países produtores da América Latina também estão decidindo sobre uma possibilidade de redução da oferta. 
Mercado Brasileiro
No mercado brasileiro, a semana foi de bons negócios. E essa retomada de ritmo da comercialização brasileira, que além do cumprimento de contratos feitos anteriormente teve também novas vendas sendo efetivas, também atuou como um fator de pressão sobre as cotações na Bolsa de Chicago. 
Segundo explicou o consultor de mercado da Brandalizze Consulting, Vlamir Brandalizze, nesta semana os preços pagos pelo produto nacional nos portos do Brasil chegaram a marcar mais de 60 centavos de dólar acima dos valores praticados em Chicago, levando, ao lado do câmbio, os preços a baterem em algo entre R$ 78,00 e R$ 78,50 por saca, atraindo os vendedores. 
E apesar do recuo diário do dólar nesta sexta-feira, a moeda americana recuperou, também durante os últimos dias, algumas referências importantes, que refletiram, diretamente sobre os preços da soja no Brasil. Ao lado do câmbio, os prêmios pagos pelo produto nacional subiram ainda mais, chegaram a superar os 60 centavos de dólar em algumas posições de entrega e também serviram como estímulo para os negócios. 
Na semana, a soja disponível no porto de Paranaguá subiu 1,32% na semana, alcançando os R$ 77,00 por saca, enquanto em Rio Grande a alta foi de 0,67%, para R$ 75,50. Já para a oleaginosa a ser embarcada entre maio e junho, ganhos de 1,32% e 0,66%, respectivamente, para R$ 77,00 e R$ 76,50 por saca. 
No interior do Brasil, apesar da demanda interna um pouco mais lenta nesse momento do mercado, as altas foram ainda mais significativas. Em Ubiratã e Londrina, Paraná, o valor subiu 4,03% para R$ 64,50 por saca; em Ponta Grossa, R$ 74,00 e alta de 5,71%. Já no Centro-Oeste, Tangará da Serra/MT registrou ganho de 2,61% para R$ 59,00; em São Gabriel do Oeste/MS, 2,48% de ganho, para R$ 62,00 e de 1,68% em Jataí/GO, para R$ 60,50 por saca.
Dólar 
Nesta sexta-feira, depois da semana volátil e de picos interessantes para o produtor brasileiro, o dólar perdeu 2,63% e voltou a atuar abaixo dos R$ 3,60, fechando a última sessão da semana com R$ 3,5965. A queda foi a maior em seis meses e foi uma reação, segundo analistas, às apostas renovadas, como noticiou a agência de notícias Reuters, de um impeachment da presidente Dilma Rousseff.
"O saldo das notícias sugere que a chance do impeachment cresceu", disse o superintendente regional de câmbio da corretora SLW, João Paulo de Gracia Corrêa à Reuters. 
Fonte: Notícias Agrícolas

Fonte: Canal do Produtor



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