O Paraná deverá colher 3,54 milhões de toneladas de trigo este ano, projetou nesta quinta-feira (29) o Departamento de Economia Rural (Deral), vinculado a Secretaria de Agricultura e Abastecimento (Seab), reduzindo sua estimativa mensal em 71 mil toneladas por ajustes relacionados a perdas com chuvas, mas sem indicativos de quedas relevantes a partir de agora.
- Pode ser que tenhamos ajustes nesse número, mas [a safra paranaense de trigo] está relativamente consolidada – afirmou o especialista em trigo do Deral Carlos Hugo Godinho.
Inicialmente, o estado esperava produzir um recorde de cerca de 4 milhões de toneladas. Agora a produção deverá ficar abaixo da registrada no ano passado, quando o Paraná obteve históricas 3,8 milhões de toneladas do cereal, segundo o Deral.
A colheita de trigo do Paraná, maior estado produtor do Brasil, está 85% concluída, mas algumas regiões ainda podem ter algumas perdas em função do clima chuvoso no Sul do país.
- As perdas são em função de chuva na colheita, agora, e chuva no florecimento em julho, principalmente para a região norte – disse o analista.
Chuvas têm prejudicado fortemente a qualidade do trigo no Rio Grande do Sul, principal concorrente do Paraná na produção do cereal. Na semana passada, a consultoria Trigo & Farinhas disse que a produção gaúcha deverá ser de 1,64 milhão de toneladas, com um volume de 1 milhão de toneladas servindo apenas para consumo animal.
No Paraná, segundo Godinho, apenas um pequeno volume de trigo deverá ter queda de qualidade ao ponto em que possa ser destinado apenas à ração. Embora o Deral vá fazer sua estimativa anual de qualidade da safra apenas ao final da colheita, o analista projetou que o volume de trigo paranaense impróprio para fabricação de farinha vai ser semelhante ao do ano passado, de 8 a 10%, “talvez um pouco mais”.
Soja
O Deral também elevou as previsões para a safra de soja do Paraná. Projeta-se um recorde de 18,03 milhões de toneladas em 2015/16, ante uma previsão de 17,98 milhões de toneladas feita em setembro, refletindo uma elevação na estimativa de área plantada.
Fonte: Gazeta do Povo