Trabalhadores portuários realizaram manifestações contra a reforma da Previdência nesta manhã nos principais portos de escoamento de grãos e açúcar do país, mas não houve prejuízo aos embarques, disseram autoridades.
Pela manhã, sindicalistas bloquearam o acesso de veículos à cidade de Santos, onde há diversos terminais graneleiros, de açúcar e de outros produtos, mas a manifestação foi interrompida cerca de uma hora depois pela Polícia Militar, segundo a administração do porto (Codesp).
O Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo (Sopesp), que representa os terminais privados, disse que houve paralisação temporária de algumas categorias, mas sem prejudicar os embarques em geral.
O sindicato estimou também que pela tarde a escala de trabalhadores avulsos será “plenamente normalizada”.
Em Paranaguá, manifestantes bloquearam no meio da manhã a entrada da cidade, impedindo inclusive o acesso de caminhões aos armazéns de grãos, segundo a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).
Segundo a Appa, contudo, os embarques de grãos estão paralisados nesta quarta-feira, devido a chuvas, que obrigam o fechamento dos porões dos navios.
Além disso, para haver esgotamento dos estoques disponíveis para embarques, seria necessária uma paralisação de mais de uma semana.
A Federação Nacional dos Estivadores disse que a mobilização da categoria tem prazo de duração de 24 horas, começando às 7:00 desta quarta-feira.
- Há manifestação em todos os portos do país. O governo está massacrando os trabalhadores – disse à Reuters o presidente da federação, Wilton Ferreira Barreto, em referência às reformas trabalhista e previdenciária.
Em Rio Grande, outro grande polo exportador de grãos do país, ocorre paralisação de trabalhadores no cais público, onde são movimentadas cargas gerais e outros produtos de menor volume.
Nos terminais privados onde há exportação de grãos, a movimentação é normal nesta quarta-feira, informou a Superintendência do Porto de Rio Grande.
Fonte: Reuters