O Ministério da Agricultura e o governo não podem impor regras aos bancos”, afirmou a ministra da Agricultura, Kátia Abreu, sobre a concessão de crédito das instituições públicas aos produtores para o Plano Safra 2015/2016.
A ministra esteve em São Paulo na última quarta-feira para a primeira reunião com o grupo que vai formular a Lei Plurianual Agrícola (LPA).
Kátia tratou como “exceções” as dificuldades de produtores em obter crédito.
- Se o banco, que tem vontade de emprestar, sabe que o agronegócio é um bom negócio e encontra em determinadas situações, que são exceções, alguma dificuldade de emprestar e exige um pouco mais de garantias, não somos nós que vamos entrar nessa questão – pontuou.
A ministra ressaltou que, apesar da redução de 9% do crédito no semestre, houve um aumento de 32% em julho.
- Temos a convicção de que em agosto e setembro vai fluir com naturalidade – avaliou.
A líder da pasta agrícola lembrou da reunião na última terça-feira, junto de entidades como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o Banco do Brasil, a Caixa Econômica e o Ministério da Fazenda para tratar da verba para o Plano Safra.
- Nós pedimos às entidades de classe que nos enviassem diretamente os casos específicos de grupos ou regiões, para que nós pudéssemos tratar de forma especial – disse.
Sobre o seguro rural, Kátia disse que quer, ao menos, obter o mesmo valor da Safra 2014/2015.
- Os R$ 700 milhões do ano passado já foi um aumento bastante expressivo dos quatro anos da presidente Dilma, mas ainda está muito aquém do que nós precisamos para o futuro – declarou.
Lei Plurianual
A primeira reunião para tratar da LPA, discutiu temas como o tempo de duração da lei, o seguro agrícola, a comercialização, defesa agropecuária, pesquisa e assistência técnica, de acordo com Kátia Abreu.
- Não pode ser uma lei seca, isoladamente só pensar no credito e no seguro – pontuou.
Ao citar as leis Farm Bill, dos Estados Unidos, e Política Agrícola Comum (PAC), da Europa, a ministra disse que o grupo discutiu um planejamento de longo prazo, com uma durabilidade de cinco anos.
Além da ministra da Agricultura, compõem o grupo o secretário de Política Agrícola, André Nassar, seis economistas e agrônomos como Antonio Delfim Neto, Cláudio Adilson Gonzales, Antonio Salazar Brandão, Juliano Assunção, Eliseu Alves e Elísio Contini.
Fonte: DCI