Diariamente, em todo país, milhões de trabalhadores rurais exercem funções nas lavouras garantindo o cuidado com as plantas que irão produzir alimentos diversos para população. A atenção com o desenvolvimento da planta também deve ser seguida com a segurança do trabalhador no momento das atividades. Visando garantir essa segurança foi instituída, na lei trabalhista, uma norma (NR 31) que prevê que os empregadores ficam obrigados a fornecerem equipamentos de proteção individual (EPI) e o empregado, ao receber o EPI, fica obrigado a utilizá-lo seguindo as normas técnicas.
O pacote de equipamentos necessários e que devem ser utilizados é composto por protetores para as partes do corpo (veja detalhes abaixo) e deve ser usado, principalmente, no manejo nas aplicações de defensivos agrícolas nas lavouras para combater pragas e doenças. Com esse kit, o trabalhador está seguro durante o procedimento já que é um grande aliado protegendo dos respingos do produto na aplicação em áreas como olhos, pele e boca.
- Acreditamos que não exista produtor que não saiba que é necessário a utilização do EPI. O que falta é atitude do aplicador em seguir corretamente as orientações que são repassadas no ato da recomendação e aquisição dos defensivos agrícolas – diz OlivérioPoltronieri Neves, engenheiro agrônomo e diretor da Associação dos Revendedores de Insumos Agropecuários do Espírito Santo (Assoagres).
Apesar de a informação chegar ao trabalhador que realiza a aplicação dos insumos, há ainda resistência na correta utilização. Segundo o diretor da Assoagres, esse é um grave problema educacional em países que utilizam aplicadores costais e/ou de mangueira, como o Brasil.
- Há a necessidade de um trabalho integrado de conscientização dos produtores e trabalhadores rurais sobre a importância de utilizar os Equipamentos de Proteção Individual, já que grande parte resiste ao uso por questões culturais. Todas as revendas possuem os EPI’s disponíveis para venda e realizam treinamentos fomentando tal prática – destaca Neves.
O Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Espirito Santo (Idaf) também orienta os produtores quanto ao uso correto dos agrotóxicos nas lavouras, uma prática que requer cuidado e atenção. A utilização correta de defensivos agrícolas e dos EPI’s também é disseminada pelo Sistema Faes (Federação da Agricultura e Pecuária do ES), Senar-ES (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) e Sindicatos. De acordo com a Assoagres, todos os produtos comercializados no território capixaba pelas revendas são orientados por um técnico da área que, em todas as recomendações, destaca a importância do uso do EPI. Cabe ao Ministério Público do Trabalho, através das delegacias regionais, a fiscalização quanto a correta utilização dos EPI’s pelos produtores rurais.
Relação de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) para serem usados no trabalho rural
Proteção da cabeça (capacete, chapéu de palha e protetores de cabeça impermeáveis), Proteção dos olhos e da face (protetores faciais e óculos de segurança), Proteção auditiva (protetores auriculares), Proteção das vias respiratórias (respiradores e máscaras), Proteção dos membros superiores (luvas e/ou mangas de proteção), Proteção dos membros inferiores (botas e calçados), Proteção do tronco
Fonte: Campo Vivo