suco de laranja

SECRETARIA DE AGRICULTURA DE SP CRIA CÂMARA SETORIAL DE SUCOS E BEBIDAS

A Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo promoveu, no último dia 22 de novembro, a primeira reunião da Câmara Setorial de Sucos e Bebidas, de modo a estabelecer um canal de comunicação com os integrantes da cadeia produtiva de sucos naturais.

Segundo o coordenador da Coordenadoria de Desenvolvimento dos Agronegócios (Codeagro), Diogenes Kassaoka, a iniciativa atende uma necessidade de entender melhor as particularidades do segmento de grande importância para a balança comercial de São Paulo.

Somente a laranja para indústria ocupa a terceira posição entre os principais produtos no Estado, representando 6,6% do Valor da Produção Agropecuária Paulista, de acordo com dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), atrás apenas da cana-de-açúcar, com 37%, e da carne, com 11% do montante arrecadado.

“Com o auxílio das empresas, queremos propor um desenho novo das câmaras setoriais, para que os membros consigam ocupar a posição natural das indústrias no Estado de forma permanente, propondo regras e normativas que ajudem o setor. Assim, nas câmaras mais estruturadas, como é o caso desta, queremos promover um ajuste fino para equalizar e tornar a cadeia ainda mais competitiva”, explica Diogenes Kassaoka.

Análise

A partir de uma análise feita pelos componentes da Câmara Setorial de Sucos e Bebidas que identifica as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças, a pasta poderá colocar todas as bases na mesma matriz e mapear os principais desafios do setor.

Na avaliação de Ibiapaba Netto, diretor-executivo da CitrusBR, o mercado interno brasileiro de bebidas tem um grande potencial, com 75% do consumo de suco de laranja concentrado na praça de São Paulo.

“A Câmara Setorial deve ser orientada para o consumo e toda a regulamentação que envolve esse processo. Deve servir como um instrumento de indução de políticas públicas”, salienta.

“Precisamos saber quais são os mecanismos, dentro da Secretaria, para incentivar esse consumo, passando por uma série de questões como a educação. O papel do suco na nutrição dos cidadãos passa pelo Estado”, acrescenta o diretor-executivo da CitrusBR.

“Devemos incentivar o consumo, trabalho que vem desde os nutricionistas e deverá abranger toda a cadeia até o consumidor”, afirma Luiz Guilherme Passetti de Souza, dos Laticínios Xandô. “É preciso ensinar à sociedade que 75% da alimentação diária precisam ser compostas de verduras, frutas e legumes, priorizando alimentos coloridos”, enfatiza Roberta Suplicy, da empresa Urban Remedy, que oferece sucos prensados e alimentos funcionais.

Incentivos

De acordo com Luis Henrique Gallão, da Naturacitrus, a redução tributária também seria um caminho para incentivar o mercado.

“A redução de custos permitiria que mais pessoas buscassem o produto nas gôndolas dos supermercados”, pontua.

“Faz muito sentido qualquer iniciativa de educação ou incentivo de consumo do suco de verdade, por meio de rotulagem é o ponto que mais vale. Nesse ponto, a Câmara poderá discutir de forma muito mais eficaz o que o setor está vivendo. É a oportunidade de pessoas efetivas no segmento serem ouvidas e a discussão ser levada à frente”, afirma Sarita Rodas, do Grupo Junqueira Rodas.

Fonte: DATAGRO



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