SECA-LA-NINA

SECA HISTÓRICA

A situação em São Raimundo Nonato, no semárido do Pauí, é preocupante. As marcas da seca estão presentes nas plantações, nas árvores da caatinga, no açude sem água.

A seca devastou áreas cultivadas e de pastagem. Por causa dessa situação, o veterinário Edilton Azevedo, da Emater, calcula que o rebanho de cabras e ovelhas do município tenha diminuído em torno de 30%, passando de 50 mil para 35 mil animais:

- Essa seca atingiu até quem está acostumado a se preparar para esse período. O produtor  está preparado para enfrentar o período seco normal, que é de oito meses. Mas não um período tão prolongado – disse ele.

Há nove meses, os produtores e agricultores locais sofrem com a falta de chuvas na região. Alguns rebanhos tem a comida preparada pelos fazendeiros e são alimentados no cocho:

- O que a gente está fornecendo para eles está bem abaixo do que eles precisam. É só mesmo para manter. Para ver se consegue chegar vivo até a chegada da chuva – explica o agricultor Pedro França.

Na comunidade rural Lagoa de Fora, que tem por volta de 80 famílias de agricultores, a pouca água faz com que as população se una para furar um poço artesiano. A seca aumentou a procura por este tipo de perfuração: “Em um raio de cem quilômetros, nós furamos aí 25 km em 30 dias’, disse o empresário Carlito Procópio.

Sem nenhuma ajuda de fora, os próprios agricultores desembolsaram o dinheiro para pagar o poço artesiano, que custa em média R$ 4 mil para furar o terreno e sai por R$ 10 mil com o equipamento necessário para a captação da água. Apesar dos esforços, a água não veio.

Fonte: G1 – Globo Rural

 



avatar

Envie suas sugestões de reportagens, fotos e vídeos de sua região. Aqui o produtor faz parte da notícia e sua experiência prática é compartilhada.


Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site.