A Serra Gaúcha, no Rio Grande do Sul, se destaca pela produção de uva. Mas a safra que começou a ser colhida vai ser menor este ano.
Por conta de uma chuva de granizo que destruiu parte das parreiras em outubro do ano passado, segundo a Emater, os agricultores da região devem colher aproximadamente 635 mil toneladas até o fim da safra 2019, em março – cerca de 20% menos que em 2018.
As cidades de Nova Roma do Sul e Nova Pádua foram as mais atingidas. Alguns viticultores perderam cerca de 90% do que tinha produzido.
O produtor Juarez Bernardi deve colher 100 mil quilos em Flores da Cunha, metade do que era esperado. E boa parte da uva que não foi destruída pelo granizo tem pouca qualidade e acaba sendo rejeitada pelo mercado. O resultado, é um faturamento bem menor.
“Tem que batalhar de novo, né, fazer o quê? Sorte que o seguro paga alguma coisa, senão a gente estava lascado”, diz desanimado.
Fabiano Orsato tem em Bento Gonçalves 7 hectares plantados com a variedade bordô, usada para fazer sucos e vinhos. A expectativa é de colher cerca de 200 toneladas até o fim da safra. A fruta é vendida para uma cooperativa da região ao preço de R$ 1,03 o quilo.
O viticultor diz que para trabalhar com uma folga, o ideal seria conseguir vender a R$ 1,30, mas, mesmo assim, o valor está melhor do que o da safra passada.
“Eu acho que foi um avanço, estava R$ 0,92. A gente conseguiu ganhar, mas ainda não seria o preço ideal”.
Mesmo com uma produção menor, a safra da uva deve injetar quase R$ 700 milhões na economia da região da Serra Gaúcha.
Fonte: G1