O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta que a safra brasileira de soja 2019/2020 chegará a 126 milhões de toneladas. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) fala em 124,2 milhões de toneladas. Para o analista de mercado Vlamir Brandalizze, no entanto, a temporada não deve passar de 123 milhões de toneladas.
O especialista argumenta que a safra do Rio Grande do Sul está bastante comprometida pela seca e pode ficar abaixo do projetado pela Conab (16,8 milhões de toneladas).
“Se não chover nas próximas duas semanas, a produção pode ficar em 12 milhões. Se chover, no máximo a 14 milhões de toneladas, quase três milhões de toneladas a menos, o que já jogaria a safra para 121 milhões de toneladas”, diz.
Além disso, ele menciona perdas em estados do Centro-Norte durante a colheita por conta do excesso de chuvas.
Brandalizze destaca que se os dados viessem mais próximos à realidade, os contratos futuros negociados na Bolsa de Chicago teriam um cenário mais positivo, o que beneficiaria os preços e o produtor.
“Amanhã o relatório do USDA estará no retrovisor, ninguém vai lembrar. O mercado começará a olhar seriamente a previsão do tempo, pois as lavouras tardias ainda podem ter condições de melhores”, comenta.
Fonte: Canal Rural