A safra de soja 2018/19 no Paraná, que já tem 15 por cento da área colhida, deverá alcançar 16,8 milhões de toneladas, abaixo dos 19,12 milhões previstos em dezembro e 12 por cento aquém do registrado em 2017/18, previu nesta quinta-feira o Departamento de Economia Rural (Deral), órgão do governo do Estado.
O corte ocorre após as lavouras terem sido afetadas pelo tempo quente e seco desde dezembro. Antes das condições climáticas adversas, a expectativa era de que a produção paranaense crescesse 2 por cento na comparação anual, para 19,6 milhões de toneladas.
Tradicionalmente o segundo produtor da oleaginosa do Brasil, o Estado foi um dos mais impactados pelo tempo ruim nesta safra, assim como Mato Grosso do Sul.
Com a produção estimada pelo Deral, é provável que o Paraná perca sua posição no ranking para o Rio Grande do Sul, cuja safra também está sendo reduzida pelo clima, mas por chuvas excessivas.
O clima seco e quente tem afetado a produção também em outros regiões, como Mato Grosso e Goiás, além do Nordeste, reduzindo o potencial de safra do Brasil, maior exportador global, segundo especialistas.
Conforme o Deral, 7 por cento das lavouras estavam em condição ruim, 23 por cento em média e 70 por cento em boa. A situação é pior na comparação com o relatório do mês anterior, quando as taxas eram 3,17 e 80 por cento, respectivamente.
AUMENTO NA SAFRA DE MILHO
A previsão de primeira safra de milho 2018/19 do Paraná praticamente não foi alterada, apesar da seca.
O Deral estimou a produção em 3,1 milhões de toneladas, ante 3,2 milhões na estimativa anterior. Ainda assim, a produção crescerá 7 por cento ante 2017/18, uma vez que a área plantada cresceu o mesmo percentual.
Já a segunda safra de milho 2018/19 do Paraná, que está sendo plantada —com 17 por cento da área já semeada—, foi estimada em 12,68 milhões de toneladas, praticamente estável na comparação com a previsão de dezembro.
A expectativa do Deral é de que a produção de milho segunda safra do Estado cresça quase 40 por cento, após a colheita ter sido atingida no ano passado por problemas climáticos.
Fonte: Reuters