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SAFRA DE MILHO

De acordo com a consultoria, a revisão para cima deve-se à perspectiva de uma área plantada maior, estimada agora em 11,74 milhões de hectares, ante 11,69 milhões em março, mas ainda assim aquém dos 12,10 milhões do ano passado, quando a produção atingiu um recorde de 67,35 milhões de toneladas.

Os produtores brasileiros semearam menos milho neste ano em razão de preços considerados pouco atrativos em meio à ampla oferta.

Considerando-se a primeira safra, atualmente em colheita, o Brasil deve produzir um total de 86,46 milhões de toneladas de milho em 2017/18, abaixo dos 97,84 milhões de 2016/17.

Em relação ao balanço de oferta e demanda, as estimativas da INTL FCStone apontam para estoques bastante elevados, com a possibilidade de mudança considerando a quebra de safra na Argentina.

“O período atual não é de exportações aquecidas de milho, as quais devem ganhar força no segundo semestre”, avaliou a analista da consultoria, Ana Luiza Lodi, em relatório.

Por ora, a INTL FCStone prevê embarques na casa de 30 milhões de milho em 2017/18, em linha com o observado no ciclo anterior.O Brasil deverá produzir 63 milhões de toneladas de milho na segunda safra da temporada 2017/18, projetou nesta terça-feira a INTL FCStone, que elevou levemente sua previsão ante os 62,8 milhões considerados em março.

Soja

Com relação à soja, a consultoria prevê agora um recorde de produção de 115,9 milhões de toneladas na safra 2017/18, em reta final de colheita.

O volume supera os 112,9 milhões de toneladas previstos em março e também os 114,07 milhões de 2016/17.

“Os Estados da região Centro-Oeste e do Matopiba (região compreendida por Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) estão apresentando um resultado excepcional, ultrapassando, inclusive, o alcançado na safra passada”, avaliou Ana Luiza.

A INTL FCStone apontou que os problemas pontuais registrados no Sul do país não foram capazes de “abalar” o bom resultado verificado em outras regiões. A produtividade média esperada para o Brasil foi aumentada para 3,31 toneladas por hectare.

Com a produção estimada em nível recorde, as exportações de soja também foram ajustadas para cima pela consultoria, projetadas em também um recorde de 69,5 milhões de toneladas, versus 67,50 milhões na temporada passada.

“O crescimento das exportações brasileiras de soja deve ser favorecido pela quebra de safra na Argentina. Diante desse contexto, os estoques finais da oleaginosa devem ficar abaixo de 1 milhão de toneladas”, acrescentou a consultoria.

Fonte: Reuters



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