O Vietnã, segundo maior produtor de café em nível mundial, no ano-cafeeiro 2018-2019, produziu 29 milhões de sacas de 60kg somente da espécie robusta, volume físico que equivale a 16,6% da produção total mundial. Exclusivamente em relação à produção de café robusta no planeta, cuja safra nesse mesmo ano foi estimada em 70,5 milhões de sacas, a produção vietnamita correspondeu a 41% desse volume.
O Brasil teve sua safra total estimada em 49 milhões de sacas, número que representa 28% da produção mundial, incluindo as espécies de arábica e robusta. Tal produção brasileira contempla 34,5 milhões de sacas de café arábica, que equivalem a 33% da produção mundial, e 14,5 milhões de sacas de café robusta, as quais correspondem a 21% do volume físico produzido dessa espécie no mundo. Essa performance posiciona o Brasil em primeiro lugar na produção de café arábica e em segundo lugar na produção de café robusta.
Em relação à Colômbia, que é o terceiro país maior produtor de café no mundo, cuja safra é exclusivamente da espécie arábica, colherá nesse mesmo ano-cafeeiro 14,3 milhões de sacas que correspondem a 14% da produção mundial de café arábica e 8,2% da produção total de café no planeta. Para fins dessas análises, a safra mundial de café do ano-cafeeiro 2018-2019 foi calculada em 174,5 milhões de sacas, sendo 104 milhões de sacas da espécie arábica (60%) e 70,5 milhões de sacas de 60kg de café robusta (40%).
Os dados e números estatísticos da cafeicultura brasileira e mundial que permitiram realizar essas análises e estabelecer comparações da produção dos cafés arábica e robusta pelos três maiores países produtores de café (Brasil, Vietnã e Colômbia) foram extraídos do Sumário Executivo do Café – Outubro de 2019, da Secretaria de Política Agrícola – SPA, do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa. O Sumário também está disponível, na íntegra, desde abril de 2013, no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café.
Para a SPA/Mapa, neste mesmo contexto de análise da performance da cafeicultura, o Valor Bruto da Produção – VBP, dos Cafés do Brasil, tendo como base o mês de setembro de 2019, totalizou por volta de R$ 19 bilhões, sendo R$ 14,5 bilhões de café arábica, que equivalem a aproximadamente 76% desse total, e R$ 4,5 bilhões da espécie de café robusta, que correspondem a 24%, conforme o relatório do VBP divulgado pela SPA em 21-10-19.
De acordo ainda com os dados constantes do mencionado VBP, se for estabelecido um ranking do faturamento bruto das lavouras, destaca-se que o café ocupa o quinto lugar em receita bruta. Nesse caso, figura em primeiro lugar a soja, com R$ 130,5 bilhões, em segundo o milho, com R$ 60,8 bilhões, na sequência, em terceiro, vem a cana-de-açúcar – R$ 57,7 bilhões, em quarto o algodão herbáceo (R$ 41,9 bilhões) e, por fim, conforme mencionado, o café com R$ 19 bilhões. Para a Secretaria, o faturamento total das lavouras selecionadas (17 lavouras) soma R$ 398,1 bilhões. Nesse caso, se comparada apenas a receita do café com esse montante, constata-se que ele representa em torno de 5% do VBP das lavouras.
Observatório do Café – Desenvolvido pela Embrapa Café no contexto do Agropensa da Embrapa tem como objetivos principais coletar, analisar e disseminar, de forma sistemática, dados estatísticos, informações sobre tendências de produção e consumo, oportunidades e ameaças dos mercados e identificar possíveis trajetórias do processo de inovação, além de resultados de pesquisas realizadas pelo Consórcio Pesquisa Café e suas implicações para a competitividade e sustentabilidade do agronegócio.
Fonte: Embrapa