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SAFRA DE CAFÉ GRAÚDO DEVE AJUDAR COOXUPÉ A AMPLIAR VENDAS, DIZ PRESIDENTE

A próxima safra de café do Brasil, além de um recorde de produção, deverá render grãos arábica graúdos bastante apreciados pelos importadores, o que em um mercado global deficitário garantirá boas vendas para a Cooxupé, disse o presidente da maior cooperativa de cafeicultores do mundo.
Com chuvas abundantes no período de formação dos grãos, após duas safras afetadas fortemente pela seca, a Cooxupé espera elevar os recebimentos em mais de 15 por cento, para 6 milhões de sacas de 60 kg, contando com maiores entregas de cooperados e compras de terceiros na temporada, cuja colheita começa em maio.
A área de atuação da Cooxupé –com sede no Sul de Minas Gerais, mas que engloba lavouras em São Paulo– deverá produzir 9,5 milhões de sacas, ou quase 20 por cento da colheita brasileira, prevista pelo governo em um recorde de até 52 milhões de sacas.
"O café está com uma granação muito boa, está bem graúdo, os problemas que tivemos em 2015, de grão muito miúdo, não vamos ter, se correr normalmente. A quantidade (de grãos de café) vai ser a mesma, mas os grão estarão bem graúdos", disse à Reuters Carlos Paulino da Costa, presidente da Cooxupé.
Questionado se a região da cooperativa registrou algum problema de escassez hídrica recentemente, Costa ressaltou que as chuvas têm sido "muito pesadas" e "frequentes", cerca de três meses antes do início da colheita.
Essa condição positiva para a safra ocorre em um momento de mercado favorável para o produtor, com um dólar forte ante o real aumentando a competitividade do café brasileiro, além de o mercado estar carente de grãos graúdos após safras fracas no Brasil.
"Os importadores querem grãos peneira 16, 17 e 18, o mercado prefere grãos maiores, que segundo eles têm paladar melhor. Ano passado, nós perdemos vendas, se o café vier mais graúdo, vamos ter mais café para vender para o exterior", disse Costa.
Escassez
Enquanto a nova safra não chega –e o presidente da Cooxupé não prevê antecipação da colheita–, a oferta do Brasil seguirá escassa, devido aos baixos estoques, observou o executivo, ao comentar números de exportações brasileiras de café, que apontaram queda expressiva em janeiro.
"Os estoques estão muito baixos, está havendo procura, mas não temos café. Os nossos estoques estão praticamente vendidos, vai ser apertado até chegar a safra… tanto da Cooxupé quanto do Brasil", disse ele.
Essa condição, afirmou Costa, dá obviamente mais poderes ao cafeicultor.
"Esse período de baixa oferta vai ser bom para o produtor, ele está competente (na negociação). E o produtor que segurou o café está capitalizado, ele não vai vender a qualquer preço", destacou.
Ele lembrou que os produtores negociam mais café quando as cotações giram em torno de 500-520 reais por saca. No entanto, as ofertas recuaram recentemente para 490 reais, o que deverá forçar os compradores a elevarem a proposta se quiserem negociações do produto que resta de safras antigas.
Questionado sobre vendas antecipadas da safra 2016, ele disse que está havendo procura, mas sem excitação ou cautela demasiada.
A Cooxupé espera que suas exportações da nova safra commodity cresçam 12,5 por cento, para 4,6 milhões de sacas, informou recentemente a cooperativa.
Isso em período em que o mundo enfrentará o seu primeiro déficit global em seis anos, segundo uma pesquisa da Reuters.
Fonte: Reuters

Fonte: Canal do Produtor



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