O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estimou nesta terça-feira a produção do café do país deste ano em 47,8 milhões de sacas de 60 kg, aumento de 1,1 por cento em relação ao mês anterior.
Apesar de redução de 0,2 por cento na área a ser colhida, o rendimento médio cresceu 1,4 por cento, “pois à medida que avança a colheita, os produtores se deparam com um produto de maior qualidade, grãos maiores e mais pesados”, disse o IBGE em relatório.
A colheita no país, maior produtor e exportador global de café, está praticamente finalizada.
Os números do IBGE, atualizados mensalmente, divergem dos dados de outro órgão oficial, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), atualizados pela última vez em maio. Naquela oportunidade, a Conab havia estimado a safra total em 45,6 milhões de sacas.
A próxima atualização de estimativa da Conab está prevista para 21 de setembro.
A avaliação do IBGE também diverge de alguns representantes do setor produtivo, que apontaram uma safra com grãos menores do que o esperado, em meio a chuvas aquém do ideal.
A estimativa da produção do café arábica apresentou um aumento de 0,4 por cento em relação ao mês anterior, para 37,4 milhões de sacas de 60 kg. O rendimento médio da safra de arábica aumentou 0,7 por cento em relação ao mês anterior.
Em Minas Gerais, maior produtor do café arábica, com uma participação de 69,7 por cento do total nacional, a estimativa da produção aumentou 1,4 por cento, refletindo crescimento de 1,9 por cento no rendimento médio.
A produção mineira deve alcançar 26,1 milhões de sacas de 60kg. No Espírito Santo, a estimativa da produção de arábica foi de 3 milhões de sacas de 60 kg, redução de 6,2 por cento em relação ao mês anterior.
O IBGE estimou a safra de café robusta (conilon) do Brasil em 10,4 milhões de sacas, ante 9,98 milhões de sacas na projeção divulgada em outubro.
O Espírito Santo, maior produtor e responsável por 57,7 por cento da produção de robusta do país, deve colher uma safra de 6 milhões de sacas de 60kg, aumento de 3,6 por cento em relação ao mês anterior, reflexo, principalmente do crescimento de 3,4 por cento do rendimento médio.
O IBGE lembrou que os preços elevados do conilon incentivaram os produtores a investirem mais nas lavouras em 2017.
Fonte: Reuters