Com o plantio praticamente encerrado, produtores gaúchos de arroz não deverão ter muito o que comemorar na safra 2017/2018 e ainda tem muitas incertezas sobre a quantidade que será colhida. Parte da resposta depende excessivamente da luminosidade dos dias de março abril para compensar o atraso na semeadura. Juntamente com o milho, a orizicultura é um dos fatores que deverá levar o Rio Grande do Sul a encolher o atual ciclo produtivo acima da média de brasileira. Em balanço divulgado ontem, o quarto levantamento feito pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a safra 2017/2018 aponta a queda total de produção gaúcha em 7,1%, ante 4,1 % nacional. E o arroz é um dos fortes integrantes do encolhimento por aqui.
Enquanto a quarta estimativa divulgada para o ciclo pela Conab mostrou uma redução menor para o milho (de 12% no estudo anterior para 9,5% no atual), o arroz confirmou retração de 2,1%. E agora sem chance de mudança, já que o período da semeadura se encerrou em dezembro, inclusive com prazo ampliado dentro do zoneamento agrícola, explica o diretor técnico do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Maurício Fischer. O executivo explica que, neste ano, o atraso no plantio foi muito acima da média.
- Por excesso de chuva, até outubro apenas 30% da área prevista havia sido semeada no Estado, enquanto o normal para o período seria entre 50% e 60%. Isso levará o início da colheita para o final de fevereiro ou até mesmo para o início de março. Um atraso de cerca de 20 dias – diz Fischer.
Fonte: Jornal do Comércio